IRMÃOS RABUGENTOS
Pr Flávio da Cunha Guimarães
Qual é mais fácil ou
mais difícil: amar os outros ou a nós mesmos?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: criticar os outros ou a nós mesmos?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: ver os defeitos dos outros ou os nossos?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: ver a ruindade dos outros ou a nossa própria ruindade?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: ver a bondade dos outros ou a nossa própria bondade?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: elogiar os outros ou aceitar os elogios?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: aceitar os outros como são ou não nos aceitarmos como somos?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: perdoar os outros ou a nós mesmos?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: falarmos mal dos outros ou de nós mesmos ou dos nossos?
Qual é mais fácil ou
mais difícil: vivermos em paz com os outros ou conosco mesmos?
Aqui estão algumas
questões, dentre muitas, que definem quem somos, como lidamos e como
relacionamos conosco mesmos, com as pessoas e com Deus. Sim, com Deus!
Dependendo como lidamos conosco mesmo diante destas questões, demonstramos pessoas
irritadas, iradas, descontroladas, linguarudas, fofoqueiras que criamos
inimizades daqui para ali. Temos comportamento, atitudes e pensamentos que
entristecem o coração do Senhor Jeová e que a Palavra de Deus reprova em (Tiago
3:5-12). Dependendo de como lidamos com essas questões, temos sentimentos de
amor, de paz, de felicidade, de serenidade e falamos coisas para abençoarem
quem nos ouvem, construindo boas amizades, dando um bom testemunho e ganhando
vidas para o Senhor nosso Deus.
O engano de muitas
pessoas é que pensam que amam os outros muito, todavia, não são capazes de
amarem a si mesmos! Quem não é capaz de amar-se a si mesmo, de acordo com o
texto acima, não é capaz de amar os outros. Isso vale para o relacionamento nas
escolas, no trabalho, na igreja e até na família. O que pensam ser amor, não
passa de sentimento de dó, de pena e de ser apegado as pessoas por carência
afetiva, jamais amor! De acordo com o texto de (Mat. 22:39), acima, a medida, o
padrão, a intensidade do amor para com os outros é a mesma medida, o mesmo
padrão e a mesma intensidade que temos para conosco mesmo.
Se demonstramos ser
pessoas irritadas, iradas, linguarudas, fofoqueiras, descontroladas que criamos
inimizades daqui para ali, que só vemos as pessoas de maneira negativa e que só
elas estão erradas, nós os certinhos são sinais que somos pessoas que não
amamos a nós mesmos, além destas características que citaremos a seguir:
1 – Quando as pessoas
são perfeccionistas. As pessoas perfeccionistas, não só se julgam as perfeitas,
as certas, as boas, as sabem tudo, as melhores e se julgam ser superiores aos
outros, como exercem o julgamento de que os outros são imperfeitos, que estão
sempre errados, que não sabem quase nada, que são sempre ruins, maus
intencionadas e cheias de defeitos. Portanto, não enquadram dentro de seu
padrão moral, pois elas são moralistas, ainda que acham ser perfeitas, mas
dentro de si mesmas são cheias de defeitos. Vivem o dilema: Sou o que não quero
ser e o que quero ser não sou. Exigem perfeição dos outros porque elas mesmas
não conseguem ser perfeitas. Querem que os outros sejam aquilo que elas mesmas
não conseguem ser. O seu padrão moral e de perfeição estão além do que o ser
humano é capaz de viver. Esse tipo de pessoas que até existem dentro das
igrejas, precisam urgentemente de uma cura interior vinda do Senhor Jesus e
também de um especialista na área de psicologia ou psiquiatria.
2 – A segunda
característica: Quando as pessoas se sentem sempre mal amadas, as vítimas. De
mal com a vida e consigo mesmas. Por estarem em desacordo consigo mesmas vivem
em desacordo com os outros que os cercam e com Deus. Pensam que não são aceitas
quando na verdade são elas que não aceitam a si mesmas. Que são preteridas
quando elas preterem a elas mesmas. Que são colocadas de lado quando elas é que
se colocam de lado porque não gostam de estarem em meios sociais. Que são
rejeitadas quando na verdade são elas que rejeitam a si mesmas. E que
são injustiçadas, quando na maioria dos casos, elas que são injustas para com
as pessoas com seus comentários maliciosos ou rancorosos. Esses tipos de
pessoas se sentem sempre uma coitada, que a maldade está sempre nos outros. Quantos
que se sentem vítimas dentro de nossas igrejas! Não me dão oportunidades. Não sou
convidado(a) para orar, cantar, dar testemunho e etc.
3 – A terceira característica: Quando
as pessoas vivem se auto reprovando. Auto depreciando. Não gostam da aparência.
Não gostam do corpo que tem, mas não fecham a boca em comer. Não gostam dos
cabelos. Não gostam da altura. Mas gostam do gênio mal para arranjarem quizombas,
a começar com os familiares. Geralmente são aquelas pessoas que acham defeitos
em todo mundo, porque o principal defeito está impregnado em seu espírito. Esses
tipos de pessoas causam um estrago tremendo onde convivem com sua inveja, baixo
astral e críticas destrutivas porque não medem o que dizem.
Para concluir...
São pessoas que precisam passar por uma
transformação profunda promovida pelo o Senhor Jesus. Uma restauração do “SER”
que faça-as novas criaturas, (II Cor. 5:17). E uma conversão genuína para que
pensem de maneira correta a respeito de si mesmas e se aceitem. E aceitem e
pensem de maneira correta para com as pessoas que as cercam. Aja paciência e
muito amor para convivermos com esses irmãos rabugentos.
Bibliografia
1 - BOYER, Orlando S. Pequena
Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.
2 - JUNIOR, Luder Whitlock.
Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade
Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.
3 - MAY,
Rollo. O Homem à Procura de Si
Mesmo. Tradução de Áurea Brito Weissenberg. 1982, Editora Vozes. 9ª
Edição, Petrópolis/RJ, 230 p.
4 - OLIVEIRA, Marcelo
Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital
6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>.
Acesso em: 15 dez. 2014.
5 - OSBORNE, Cecil. A arte
de compreender-se a si mesmo. Tradução de João Barbosa Batista. 2ª Ed. Rio de
Janeira, JUERP, 1979, 348 p.
6 - SHEDD, Russell Philip.
Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R.
Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.