junho 22, 2016

IRMÃOS RABUGENTOS

IRMÃOS RABUGENTOS

Pr Flávio da Cunha Guimarães
Mat. 22:39


São irmãos rabugentos por que não aprenderam amar a si mesmos.
        
         Qual é mais fácil ou mais difícil: amar os outros ou a nós mesmos?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: criticar os outros ou a nós mesmos?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: ver os defeitos dos outros ou os nossos?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: ver a ruindade dos outros ou a nossa própria ruindade?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: ver a bondade dos outros ou a nossa própria bondade?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: elogiar os outros ou aceitar os elogios?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: aceitar os outros como são ou não nos aceitarmos como somos?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: perdoar os outros ou a nós mesmos?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: falarmos mal dos outros ou de nós mesmos ou dos nossos?
         Qual é mais fácil ou mais difícil: vivermos em paz com os outros ou conosco mesmos?

         Aqui estão algumas questões, dentre muitas, que definem quem somos, como lidamos e como relacionamos conosco mesmos, com as pessoas e com Deus. Sim, com Deus! Dependendo como lidamos conosco mesmo diante destas questões, demonstramos pessoas irritadas, iradas, descontroladas, linguarudas, fofoqueiras que criamos inimizades daqui para ali. Temos comportamento, atitudes e pensamentos que entristecem o coração do Senhor Jeová e que a Palavra de Deus reprova em (Tiago 3:5-12). Dependendo de como lidamos com essas questões, temos sentimentos de amor, de paz, de felicidade, de serenidade e falamos coisas para abençoarem quem nos ouvem, construindo boas amizades, dando um bom testemunho e ganhando vidas para o Senhor nosso Deus.

         O engano de muitas pessoas é que pensam que amam os outros muito, todavia, não são capazes de amarem a si mesmos! Quem não é capaz de amar-se a si mesmo, de acordo com o texto acima, não é capaz de amar os outros. Isso vale para o relacionamento nas escolas, no trabalho, na igreja e até na família. O que pensam ser amor, não passa de sentimento de dó, de pena e de ser apegado as pessoas por carência afetiva, jamais amor! De acordo com o texto de (Mat. 22:39), acima, a medida, o padrão, a intensidade do amor para com os outros é a mesma medida, o mesmo padrão e a mesma intensidade que temos para conosco mesmo.

         Se demonstramos ser pessoas irritadas, iradas, linguarudas, fofoqueiras, descontroladas que criamos inimizades daqui para ali, que só vemos as pessoas de maneira negativa e que só elas estão erradas, nós os certinhos são sinais que somos pessoas que não amamos a nós mesmos, além destas características que citaremos a seguir:

         1 – Quando as pessoas são perfeccionistas. As pessoas perfeccionistas, não só se julgam as perfeitas, as certas, as boas, as sabem tudo, as melhores e se julgam ser superiores aos outros, como exercem o julgamento de que os outros são imperfeitos, que estão sempre errados, que não sabem quase nada, que são sempre ruins, maus intencionadas e cheias de defeitos. Portanto, não enquadram dentro de seu padrão moral, pois elas são moralistas, ainda que acham ser perfeitas, mas dentro de si mesmas são cheias de defeitos. Vivem o dilema: Sou o que não quero ser e o que quero ser não sou. Exigem perfeição dos outros porque elas mesmas não conseguem ser perfeitas. Querem que os outros sejam aquilo que elas mesmas não conseguem ser. O seu padrão moral e de perfeição estão além do que o ser humano é capaz de viver. Esse tipo de pessoas que até existem dentro das igrejas, precisam urgentemente de uma cura interior vinda do Senhor Jesus e também de um especialista na área de psicologia ou psiquiatria.

         2 – A segunda característica: Quando as pessoas se sentem sempre mal amadas, as vítimas. De mal com a vida e consigo mesmas. Por estarem em desacordo consigo mesmas vivem em desacordo com os outros que os cercam e com Deus. Pensam que não são aceitas quando na verdade são elas que não aceitam a si mesmas. Que são preteridas quando elas preterem a elas mesmas. Que são colocadas de lado quando elas é que se colocam de lado porque não gostam de estarem em meios sociais. Que são rejeitadas quando na verdade são elas que rejeitam a si mesmas. E que são injustiçadas, quando na maioria dos casos, elas que são injustas para com as pessoas com seus comentários maliciosos ou rancorosos. Esses tipos de pessoas se sentem sempre uma coitada, que a maldade está sempre nos outros. Quantos que se sentem vítimas dentro de nossas igrejas! Não me dão oportunidades. Não sou convidado(a) para orar, cantar, dar testemunho e etc.

         3 – A terceira característica: Quando as pessoas vivem se auto reprovando. Auto depreciando. Não gostam da aparência. Não gostam do corpo que tem, mas não fecham a boca em comer. Não gostam dos cabelos. Não gostam da altura. Mas gostam do gênio mal para arranjarem quizombas, a começar com os familiares. Geralmente são aquelas pessoas que acham defeitos em todo mundo, porque o principal defeito está impregnado em seu espírito. Esses tipos de pessoas causam um estrago tremendo onde convivem com sua inveja, baixo astral e críticas destrutivas porque não medem o que dizem.

         Para concluir...
         São pessoas que precisam passar por uma transformação profunda promovida pelo o Senhor Jesus. Uma restauração do “SER” que faça-as novas criaturas, (II Cor. 5:17). E uma conversão genuína para que pensem de maneira correta a respeito de si mesmas e se aceitem. E aceitem e pensem de maneira correta para com as pessoas que as cercam. Aja paciência e muito amor para convivermos com esses irmãos rabugentos.

Bibliografia

1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

3 - MAY, Rollo. O Homem à Procura de Si Mesmo. Tradução de Áurea Brito Weissenberg. 1982, Editora Vozes. 9ª Edição, Petrópolis/RJ, 230 p.

4 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

5 - OSBORNE, Cecil. A arte de compreender-se a si mesmo. Tradução de João Barbosa Batista. 2ª Ed. Rio de Janeira, JUERP, 1979, 348 p.

6 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.

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