CONHECIMENTO O POVO TEM, FALTA PRATICAR A MISERICÓRDIA!
O nosso
texto está em (Luc. 10:30-37) que diz: “29 Ele, porém, querendo justificar-se a
si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? 30 E, respondendo Jesus,
disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos
salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o
meio morto. 31 E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e,
vendo-o, passou de largo. 32 E de igual modo também um levita, chegando àquele
lugar, e, vendo-o, passou de largo. 33 Mas um samaritano, que ia de viagem,
chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; 34 E, aproximando-se,
atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua
cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; 35 E, partindo no
outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida
dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar. 36 Qual, pois,
destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos
salteadores? 37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse,
pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira”.
Quando
lemos a Parábola do Bom Samaritano, como é chamada, fica claro que o grande
problema nos dias de Jesus Cristo entre os judeus, não era a falta de conhecimento das
Escrituras, conhecimento o povo tinha, principalmente os líderes religiosos. Como
não falta o conhecimento das Escrituras hoje.
As
pessoas tinham e tem conhecimento dos ensinamentos das Escrituras. Das Leis de
Deus. Dos princípios. Dos ensinamentos. Principalmente os líderes religiosos;
o grande problema é o não viver o que conhece.
Conhecimento
o povo tem, falta praticar a misericórdia.
Outro
grande problema que existia no tempo de Jesus Cristo com os judeus, que persiste em nossos
dias é Conhecer e ensinar o que não se vivia e não se vive hoje.
Há uma
tremenda incoerência entre o saber e o viver. Entre o saber o que fazer e não
o fazer. É o
velho ditado nosso: “Faz o que eu mando, mas não faz o que eu faço!”
Diz o
texto no (V.25) que um Dr da Lei, que era o Escriba, que conhecia as Leis de Deus
muito bem, todavia não colocava em prática o que conhecia, os ensinamentos da
Palavra do Sr; chegou para Jesus com uma pergunta, não porque faltava conhecimento, porque queria aprender, mas afim de embaraçar o Senhor Jesus Cristo.
É o
tipo de pergunta maldosa, capciosa, mal intencionada, que queria incriminar o
Senhor Jesus.
Oh,
meus queridos, que estão lendo estas linhas, quantas pessoas ao nosso
redor, as vezes, dentro de nossas famílias que agem com maldade para nos
prejudicar, para nos ferir! Será que estou dizendo asneiras? O ser humano é
sagaz. É imprevisível!
A
pergunta que o Dr da Lei fez para Jesus Cristo está no V. 25: “Que farei para herdar a
vida eterna?”
Quantas
perguntas que são feitas a nós, cuja a motivação, a intenção não é aprender ou sanar,
tirar alguma dúvida, mas causar embaraço a nós. Era a
intenção do Dr da Lei para com o Senhor Jesus.
É a aí
que precisamos ter o dom do discernimento que o Apóstolo Paulo fala em (I Cor.
12:10) “[...] e a outro o dom de discernir os espíritos [...], o que o Senhor Jesus tinha de sobra.
Ele
conhecia os sentimentos dos corações. Ele conhecia os pensamentos da mente
humana, por isso não caiu na armadilha do Dr da Lei. Jesus Cristo respondeu com outra
pergunta, o que encontramos no (V.26) “Que está escrito na lei? Como lês?”
A
resposta do Dr da Lei está no (V.27) “[...] Amarás ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu
entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”.
O Dr da
Lei sabia que a Lei do Senhor ensina sobre o amor; no entanto, não vivia o que sabia,
o que ensinava; não praticava o que conhecia teoricamente. Não havia amor em
seu coração.
Este é
o grande problema de nossos dias, de nossa sociedade, conhecimento decoreba há.
Não falta conhecimento, mas sim, praticar o que conhece. Falta amor. Falta
misericórdia.
Há uma
má vontade. Uma preguiça. Uma indisposição. Uma dureza de coração. Um orgulho
diabólico a ponto de as pessoas dizerem o seguinte: “Meus avós eram desta
religião; meus pais são desta religião; eu sou desta religião; portanto, vou
morrer nesta religião. Não posso negar o meu batismo”. Quanta ignorância!
Quanta dureza de coração!
Tem
conhecimento, mas é um conhecimento infrutífero, que não produz fruto, digno
de arrependimento.
Quando
o Senhor Jesus certificou que a dificuldade do Dr da Lei, não era a falta de
conhecimento, mas sim, de pôr em prática o que conhecia, conclui no (V.28)
dizendo: “faze isso, e viverás”. E eu acrescento: e serás salvo.
Os que só tem o conhecimento
teórico, os que não estão dispostos a fazer o certo sempre tem uma desculpa,
uma evasiva, uma justificativa.
Quantas
pessoas que convidamos para vir a igreja; para tomar posse da salvação em Jesus Cristo,
a resposta é: “Não posso! Agora não! Quem sabe um dia! Se Deus quiser eu
irei! Sou muito jovem! Já tenho uma religião!”
São
desculpas esfarrapadas. É porque não quer mesmo! Não quer compromisso com o Senhor
que tudo dá de bom e de melhor a nós!
No (V.
29) o Dr da Lei pergunta para Jesus Cristo: “E quem é o meu próximo?”
O que
levou o Senhor Jesus a contar a Parábola do Bom Samaritano para derrubar a máscara do
Dr da Lei. O Dr da Lei concluiu por si mesmo que o próximo é sempre aquela
pessoa que podemos exercitar a misericórdia para com ela. O que Jesus Cristo ordenou: “Vai, e faze da mesma maneira”.
É o que
está faltando em nossos dias. Conhecimento o povo tem, falta praticar a misericórdia.
Em (Mt.
9:13) o Senhor Jesus diz: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia
quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores,
ao arrependimento”.
Seja misericordioso(a)! Assuma este
propósito em seu coração para o ano de 2014. Faça isto!
Pr Flávio da Cunha Guimarães
Bibliografia:
1 - Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e
Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.
2 - Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de
Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. 1978, São Paulo.
3 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia
Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.
4 - Bíblia de Promessas. Tradução João Ferreira de
Almeida. RC. 2ª Edição, Co-edição JUERP e King's Cross Publicações, 2009.
5 - RIENECKER,
Fritz e Cleon Rogers. Cheve Linguistica do Novo
Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed.
Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.