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abril 01, 2016

PASSANDO DA MORTE PARA A VIDA

PASSANDO DA MORTE PARA A VIDA

MAT. 26:20-30

        Pr Flávio da Cunha Guimarães



        INTRODUÇÃO:

        A Páscoa foi celebrada, pela primeira vez, quando o povo ainda estava no Egito, no primeiro mês do ano dos judeus, no mês de abibe ou Nisã, que corresponde aos meses de março ou abril do nosso calendário, o que ficou como data magna para tal celebração. O cordeiro de um ano, sem mancha e sem defeitos foi escolhido no dia dez do mês. Foi sacrificado ao anoitecer do dia quatorze, ao iniciar da noite. O sangue do cordeiro foi aspergido sobre os batentes e a verga da porta das casas onde se comia o cordeiro. No dia 15 começou a festa dos pães asmos e se celebrou a saído do povo de Deus do Egito. Festa essa que que era para ser celebrado todos os anos, por sete dias, terminava no dia 21, no período de lua cheia. Tempo da colheita da cevada, do linho e transbordamento do Rio Jordão, (Ex. 23:15; Dt. 16:1; Neem. 2:1; Et. 3:7; Rt. 1:22). Resta sabermos que para nós hoje, Jesus Cristo é a nossa páscoa, (I Cor. 5:7; Jo. 1:20 e I Pe. 1:19), para que o povo lembrasse da escravidão, todo o sofrimento, violência que sofrera no Egito e como o Senhor Deus libertou o povo pelo seu poder.

        Fazia-se uma refeição, sacrificando um cordeiro ou um cabrito assado, acompanhado de pães asmos, isto é, sem fermento e ervas amargas, (Boyer, p. 472).
        Era celebrada para lembrar a saída do povo apressada do Egito da escravidão.
        Para isso era tirado todo fermento do pão como sinal de purificação da podridão do pecado vivido no Egito, Mat. 16:6.

        Acontecia na virada de quinta para sexta, antes da meia noite, como ocorreu no Egito.
        Mas Jesus Cristo celebrou-a um dia antes, portanto, de quarta para quinta-feira porque sabia que no dia oficial da páscoa, Ele seria o cordeiro de Deus oferecido e sacrificado na cruz pelos nossos pecados.

        Entendendo a atitude de Jesus:

        Precisamos entender que Jesus Cristo não foi tomado a força, de surpresa para ser sacrificado, ou seja, ser crucificado, Ele se ofereceu a Si mesmo voluntariamente para morrer por nós pecadores, que não merecemos tamanho benefício, mas Ele fez tudo isso por nos amar de tal maneira, que Deus Pai deu prove de seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores, (Rom. 5:8).

        A Páscoa era um momento festivo, alegre, de comemoração, de celebração ao Senhor em não aos homens.

        O que era para celebrar com grande alegria se tornou em grande, muito grande tristeza para os discípulos, para o Próprio Senhor Jesus, nos diz o Evangelho de Jesus Cristo que Mateus escreveu, (Mat. 26:37-38) Jesus sentiu uma tristeza muito grande, ao ponto de angustiar-se, que Lucas diz que o suor eram gotas de Sangue, (Luc. 22:44), porque Jesus Cristo tinha que passar por tudo isso para nos garantir a salvação eterna. Tristeza que só terminou com as aparições de Jesus depois da sua ressurreição.

        A Páscoa lembra a traição de Judas a Jesus, V.21. Tristeza para Jesus Cristo, a confirmação do que Ele já sabia, que o escolhido por Ele, a quem amava tanto o traiu se nenhuma piedade.

        Após celebrar a Páscoa com os seus discípulos, eles cantaram um hino, V.30. Portanto, tristeza não é motivo para não cantar, se assim o fosse Jesus Cristo não teria cantado com os discípulos. Ele teria suprimido essa parte da cerimônia.

        A páscoa era a festa para celebrar a vida do povo de Deus diante da tragédia da praga no Egito em que ceifou os primogênitos egípcios, salvando os primogênitos hebreus.



        A páscoa na língua hebraica que se usa a palavra (פָסַח = Pasah), significa passar por cima, saltar por cima. Para Harris, (2008), p. 1223, “Há quatro exemplos do verbo com esse uso. 1) Êxodo 12:13, ‘quando eu vir o sangue, passarei [...] por vós’. 2) Êxodo 12:23, ‘o SENHOR passará [...] aquela porta’. 3) Êxodo 12:27, ‘É o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou [...] por cima das casas dos filhos de Israel’. 4) Isaías 31:5, ‘o Senhor dos exércitos protegerá [...] a Jerusalém; ele a protegerá [...] e livrará [...], e, passando [...], a salvará”.

        Por analogia:

        A páscoa é a passagem do estado de escravidão para a liberdade em Cristo, (Jo.8:36).
        É a passagem de um bando de escravos de Faraó, para a formação de uma nação livre para o Senhor Deus.
        É a passagem de uma população enorme sem esperança de um futuro melhor, para um povo cheio de esperança na concretização das promessas do Senhor Jeová para as suas vidas.
        É a passagem da morte para a vida.

        Hoje somos libertos da escravidão dos pecados para sermos livres para amarmos, adorarmos e servirmos ao Senhor. É por isso que Jesus Cristo diz em (Jo. 8:36) “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

        Jesus Cristo é o nosso cordeiro pascoal, (Jo. 19:36 e I Cor. 5:7). Não é preciso sacrifícios e cerimonialismo para se cumprir a Páscoa. Logo, Ele foi sacrificado em nosso lugar para alimentar a nossa fome espiritual. Para nos libertar da escravidão dos pecados. Para nos dar a esperança de vida eterna. Para nos garantir a ressurreição. Para nos dar a vitória.

       Páscoa é vida! Se comemora vida! Vida em abundância. Vida eterna.

Bibliografia:

1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 2008 p, p. 1223-1224.

3 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

abril 04, 2015

CELEBRANDO A PÁSCOA



        É pensando na importância da morte do Senhor Jesus para a nossa salvação, porque sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, como nos diz a Palavra de Deus em (Heb. 9:22) que devemos celebrar a páscoa.

        O nosso texto está em (Mat. 26:1-5) que diz: “E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos: Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. Depois os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás. E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo”.

        Apesar das explicações, como o ovo de chocolate passou a fazer parte das festividades, da páscoa, nem por isso deixou de ser uma prática pagã, ainda que o Cristianismo absorveu tal prática, nem por isso o ovo de páscoa foi santificado. Certas práticas dentro do Cristianismo em datas festivas, comemorativas, marcantes para a cristandade, que vieram do paganismo, que foram incorporadas ao Cristianismo, deturpando o verdadeiro significado, o verdadeiro valor destas datas comemorativas. A pascoa é uma delas.



        Vivemos um Cristianismo cheio de práticas pagãs, o que muitos não percebem. Quando confrontamos estas práticas com os relatos dos Evangelhos de Cristo, não há nenhuma 
base, nenhuma relação, nenhuma justificação para que assim procedamos. Com isso não quero jogar um balde de gelo em suas festividades, mas tão somente esclarecer que nem tudo que se pratica dentro do cristianismo atual tem base bíblica. Infelizmente, o ovo de chocolate, tem ocupado a atenção, o lugar de Jesus Cristo na páscoa. Senão vejamos...

        Os Evangelhos de Jesus Cristo que Mateus, Marcos, Lucas e João escreveram, principalmente nos capítulos que relatam os dias finais de Jesus Cristo como Deus homem, não foram festivos, não falam de ovos de chocolate, muito menos de presentear uns aos outros; relatam momentos de tristeza, dramáticos, de sofrimento, de dor, de morte do Filho de Deus. A única ideia de presente na páscoa, é a salvação que Jesus Cristo nos garante com a crucificação mediante nossa fé NELE e O aceitando como salvador. Portanto, ovos de chocolate na páscoa, não tem nada a ver com a celebração da mesma, pelo Senhor Jesus Cristo, com os seus discípulos. O que ocorreu, o que relata foi prisão, julgamento, crucificação, morte e ressurreição do Senhor Jesus. É pensando na importância da morte de Jesus Cristo pelos nossos pecados. Que queremos destacar que...




        A crucificação de Jesus Cristo era inevitável por algumas razões:
        1 – PRIMEIRA: Pelos seus ensinamentos contundentes, confrontantes as autoridades religiosas de seu povo.
        2 – SEGUNDO: Porque já havia uma rejeição deliberada das autoridades em relação a Jesus Cristo.
        3 – TERCEIRO: Já havia planos para matá-lo, não nos dias da páscoa, para não causar alvoroço, como nos diz o próprio texto.
        4 – QUARTO: Porque Jesus Cristo era o cordeiro pascoal que o Senhor Deus havia de sacrificar por nós pecadores, para a nossa salvação.

        Mateus, o autor do Evangelho de Jesus Cristo inicia a cessão dizendo: “E aconteceu que”. Aconteceu é a palavra para ligar os acontecimentos anteriores com o que está por vir. O sentido é de uma ação continua.
        Em seguida diz que Jesus concluiu, terminou todos os discursos, ensinamentos porque a sua hora estava chegando, a sua missão terrena estava terminando. O sentido é que terminou e continuou ter-minado, pois Jesus Cristo a partir daquele momento não ensinaria nada mais do que havia ensinado. Já era o suficiente para os seus discípulos.

        Que discursos eram esses?
        Os discursos, os ensinamentos que Jesus começou no capítulo 5, que terminou com o capítulo (25:41). Principalmente a última seção do capítulo (21:23 ao 25:41) de Mateus. Quando Jesus Cristo confrontou os líderes religiosos sobre a autoridade de João, o Batista e a autoridade de Jesus Cristo. Ele confrontou os fariseus falando da hipocrisia deles também. Fala do ensino sobre a grande tribulação. Sobre o estar preparado(a) para a sua volta que acontecerá de maneira repentina. Sobre o juízo final, o destino final de cada ser humano.

        Os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo até o capítulo (25:41) quem está em foco são os seres humanos. Como viver em comunidade; como viver para Deus; como encontrar a salvação; onde passará a eternidade. A partir do (V.2) Ele muda o foco para falar DELE, do que está para acontecer em breve, a sua morte na cruz. Ele relembra os discípulos o que já havia ensinado, o que aconteceria naquela páscoa, o que de fato aconteceu. Ele fala claramente que o Filho do Homem, que é Ele mesmo, será traído, entregue para um propósito.

        Que propósito? O ser crucificado. A crucificação era o tipo de assassinato mais vergonhoso, mais humilhante, mais sofredor, mais cruel que uma pessoa possa sofrer. O que Jesus sofreu por amor a nós pecadores. Crucificação esta como ato único, que não precisa ser repetido, porque a ação é para a eternidade e a ressurreição para nos garantir a vitória sobre a morte.



        Quero terminar dizendo que assim como João disse em seu livro (1:29): “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Jesus Cristo era e é o Cordeiro de Deus que foi sacrificado naquela páscoa para tirar os nossos pecados, os que creem, os que recebem Jesus Cristo ressuscitado pela fé como salvador de sua vida. Creia e aceite Jesus como o seu salvador agora, pois amanhã pode ser muito tarde.

        Pr Flávio da Cunha Guimarães

Bibliografia

1 - Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

2 - Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Ed.: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. 1978, São Paulo.

3 - Bíblia de Promessas. Tradução João Ferreira de Almeida. RC. 2ª Ed., Co-edição JUERP e King's Cross Publicações, 2009.

4 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

5 - CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por VersículoVol. I. Editora Milenium Distribuidora Cultural LTDA, 1ª Ed., 1980, São Paulo, 806 P.

6 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

7 - RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Cheve Linguistica do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.
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