É pensando na importância da morte do Senhor Jesus para a nossa salvação, porque sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, como nos diz a Palavra de Deus em (Heb. 9:22) que devemos celebrar a páscoa.
O nosso texto está em (Mat. 26:1-5) que diz: “E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos: Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. Depois os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás. E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo”.
Apesar
das explicações, como o ovo de chocolate passou a fazer parte das
festividades, da páscoa, nem por isso deixou de ser uma prática pagã, ainda
que o Cristianismo absorveu tal prática, nem por isso o ovo de páscoa foi
santificado. Certas
práticas dentro do Cristianismo em datas festivas, comemorativas, marcantes para
a cristandade, que vieram do paganismo, que foram incorporadas ao Cristianismo,
deturpando o verdadeiro significado, o verdadeiro valor destas datas
comemorativas. A pascoa é uma delas.
Vivemos
um Cristianismo cheio de práticas pagãs, o que muitos não percebem. Quando
confrontamos estas práticas com os relatos dos Evangelhos de Cristo, não há nenhuma
base, nenhuma relação, nenhuma justificação para que assim procedamos. Com
isso não quero jogar um balde de gelo em suas festividades, mas tão somente esclarecer
que nem tudo que se pratica dentro do cristianismo atual tem base bíblica. Infelizmente, o ovo de chocolate, tem ocupado a atenção, o lugar de Jesus Cristo na páscoa. Senão vejamos...
A crucificação de Jesus Cristo era inevitável por algumas razões:
1
– PRIMEIRA: Pelos seus ensinamentos contundentes, confrontantes as autoridades
religiosas de seu povo.
2
– SEGUNDO: Porque já havia uma rejeição deliberada das autoridades em relação
a Jesus Cristo.
3
– TERCEIRO: Já havia planos para matá-lo, não nos dias da páscoa, para não
causar alvoroço, como nos diz o próprio texto.
4
– QUARTO: Porque Jesus Cristo era o cordeiro pascoal que o Senhor Deus havia de sacrificar
por nós pecadores, para a nossa salvação.
Mateus, o autor do Evangelho de Jesus Cristo inicia a cessão dizendo: “E aconteceu que”. Aconteceu
é a palavra para ligar os acontecimentos anteriores com o que está por vir. O
sentido é de uma ação continua.
Em
seguida diz que Jesus concluiu, terminou todos os discursos, ensinamentos porque a
sua hora estava chegando, a sua missão terrena estava terminando. O
sentido é que terminou e continuou ter-minado, pois Jesus Cristo a partir daquele
momento não ensinaria nada mais do que havia ensinado. Já era o suficiente para
os seus discípulos.
Que
discursos eram esses?
Os
discursos, os ensinamentos que Jesus começou no capítulo 5, que terminou com o
capítulo (25:41). Principalmente a última seção do capítulo (21:23 ao 25:41) de Mateus. Quando
Jesus Cristo confrontou os líderes religiosos sobre a autoridade de João, o Batista e a
autoridade de Jesus Cristo. Ele confrontou os fariseus falando da hipocrisia deles
também. Fala do ensino sobre a grande tribulação. Sobre o estar preparado(a)
para a sua volta que acontecerá de maneira repentina. Sobre o juízo final, o
destino final de cada ser humano.
Os
ensinamentos do Senhor Jesus Cristo até o capítulo (25:41) quem está em foco são os seres humanos.
Como viver em comunidade; como viver para Deus; como encontrar a salvação; onde
passará a eternidade. A
partir do (V.2) Ele muda o foco para falar DELE, do que está para acontecer em breve, a sua morte na cruz. Ele relembra os discípulos o que já havia ensinado, o que
aconteceria naquela páscoa, o que de fato aconteceu. Ele fala claramente que o Filho do Homem, que é
Ele mesmo, será traído, entregue para um propósito.
Que
propósito? O ser crucificado. A
crucificação era o tipo de assassinato mais vergonhoso, mais humilhante, mais
sofredor, mais cruel que uma pessoa possa sofrer. O que Jesus sofreu por amor a nós
pecadores. Crucificação
esta como ato único, que não precisa ser repetido, porque a ação é para a eternidade e a ressurreição para nos garantir a vitória sobre a morte.
Quero
terminar dizendo que assim como João disse em seu livro (1:29): “No dia seguinte
João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo”. Jesus Cristo era e é o Cordeiro de Deus que foi sacrificado naquela páscoa para tirar os
nossos pecados, os que creem, os que recebem Jesus Cristo ressuscitado pela fé como salvador de sua
vida. Creia
e aceite Jesus como o seu salvador agora, pois amanhã pode ser muito tarde.
Pr Flávio da Cunha Guimarães
Bibliografia
1 - Bíblia de Estudo de Genebra. São
Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.
2 - Bíblia Vida Nova. Traduzida por
João Ferreira de Almeida. Ed.: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed.
1978, São Paulo.
3 - Bíblia de Promessas. Tradução
João Ferreira de Almeida. RC. 2ª Ed., Co-edição JUERP e King's Cross
Publicações, 2009.
4 - BOYER, Orlando S. Pequena
Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.
5 - CHAMPLIN, Russell
Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vol.
I. Editora Milenium Distribuidora Cultural LTDA, 1ª Ed., 1980, São Paulo,
806 P.
6 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão
Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em:
15 dez. 2014.
7 - RIENECKER, Fritz e Cleon
Rogers. Cheve Linguistica do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e
Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São
Paulo, 639 p.
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