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abril 04, 2015

CELEBRANDO A PÁSCOA



        É pensando na importância da morte do Senhor Jesus para a nossa salvação, porque sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, como nos diz a Palavra de Deus em (Heb. 9:22) que devemos celebrar a páscoa.

        O nosso texto está em (Mat. 26:1-5) que diz: “E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos: Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado. Depois os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás. E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem. Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo”.

        Apesar das explicações, como o ovo de chocolate passou a fazer parte das festividades, da páscoa, nem por isso deixou de ser uma prática pagã, ainda que o Cristianismo absorveu tal prática, nem por isso o ovo de páscoa foi santificado. Certas práticas dentro do Cristianismo em datas festivas, comemorativas, marcantes para a cristandade, que vieram do paganismo, que foram incorporadas ao Cristianismo, deturpando o verdadeiro significado, o verdadeiro valor destas datas comemorativas. A pascoa é uma delas.



        Vivemos um Cristianismo cheio de práticas pagãs, o que muitos não percebem. Quando confrontamos estas práticas com os relatos dos Evangelhos de Cristo, não há nenhuma 
base, nenhuma relação, nenhuma justificação para que assim procedamos. Com isso não quero jogar um balde de gelo em suas festividades, mas tão somente esclarecer que nem tudo que se pratica dentro do cristianismo atual tem base bíblica. Infelizmente, o ovo de chocolate, tem ocupado a atenção, o lugar de Jesus Cristo na páscoa. Senão vejamos...

        Os Evangelhos de Jesus Cristo que Mateus, Marcos, Lucas e João escreveram, principalmente nos capítulos que relatam os dias finais de Jesus Cristo como Deus homem, não foram festivos, não falam de ovos de chocolate, muito menos de presentear uns aos outros; relatam momentos de tristeza, dramáticos, de sofrimento, de dor, de morte do Filho de Deus. A única ideia de presente na páscoa, é a salvação que Jesus Cristo nos garante com a crucificação mediante nossa fé NELE e O aceitando como salvador. Portanto, ovos de chocolate na páscoa, não tem nada a ver com a celebração da mesma, pelo Senhor Jesus Cristo, com os seus discípulos. O que ocorreu, o que relata foi prisão, julgamento, crucificação, morte e ressurreição do Senhor Jesus. É pensando na importância da morte de Jesus Cristo pelos nossos pecados. Que queremos destacar que...




        A crucificação de Jesus Cristo era inevitável por algumas razões:
        1 – PRIMEIRA: Pelos seus ensinamentos contundentes, confrontantes as autoridades religiosas de seu povo.
        2 – SEGUNDO: Porque já havia uma rejeição deliberada das autoridades em relação a Jesus Cristo.
        3 – TERCEIRO: Já havia planos para matá-lo, não nos dias da páscoa, para não causar alvoroço, como nos diz o próprio texto.
        4 – QUARTO: Porque Jesus Cristo era o cordeiro pascoal que o Senhor Deus havia de sacrificar por nós pecadores, para a nossa salvação.

        Mateus, o autor do Evangelho de Jesus Cristo inicia a cessão dizendo: “E aconteceu que”. Aconteceu é a palavra para ligar os acontecimentos anteriores com o que está por vir. O sentido é de uma ação continua.
        Em seguida diz que Jesus concluiu, terminou todos os discursos, ensinamentos porque a sua hora estava chegando, a sua missão terrena estava terminando. O sentido é que terminou e continuou ter-minado, pois Jesus Cristo a partir daquele momento não ensinaria nada mais do que havia ensinado. Já era o suficiente para os seus discípulos.

        Que discursos eram esses?
        Os discursos, os ensinamentos que Jesus começou no capítulo 5, que terminou com o capítulo (25:41). Principalmente a última seção do capítulo (21:23 ao 25:41) de Mateus. Quando Jesus Cristo confrontou os líderes religiosos sobre a autoridade de João, o Batista e a autoridade de Jesus Cristo. Ele confrontou os fariseus falando da hipocrisia deles também. Fala do ensino sobre a grande tribulação. Sobre o estar preparado(a) para a sua volta que acontecerá de maneira repentina. Sobre o juízo final, o destino final de cada ser humano.

        Os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo até o capítulo (25:41) quem está em foco são os seres humanos. Como viver em comunidade; como viver para Deus; como encontrar a salvação; onde passará a eternidade. A partir do (V.2) Ele muda o foco para falar DELE, do que está para acontecer em breve, a sua morte na cruz. Ele relembra os discípulos o que já havia ensinado, o que aconteceria naquela páscoa, o que de fato aconteceu. Ele fala claramente que o Filho do Homem, que é Ele mesmo, será traído, entregue para um propósito.

        Que propósito? O ser crucificado. A crucificação era o tipo de assassinato mais vergonhoso, mais humilhante, mais sofredor, mais cruel que uma pessoa possa sofrer. O que Jesus sofreu por amor a nós pecadores. Crucificação esta como ato único, que não precisa ser repetido, porque a ação é para a eternidade e a ressurreição para nos garantir a vitória sobre a morte.



        Quero terminar dizendo que assim como João disse em seu livro (1:29): “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Jesus Cristo era e é o Cordeiro de Deus que foi sacrificado naquela páscoa para tirar os nossos pecados, os que creem, os que recebem Jesus Cristo ressuscitado pela fé como salvador de sua vida. Creia e aceite Jesus como o seu salvador agora, pois amanhã pode ser muito tarde.

        Pr Flávio da Cunha Guimarães

Bibliografia

1 - Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

2 - Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Ed.: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. 1978, São Paulo.

3 - Bíblia de Promessas. Tradução João Ferreira de Almeida. RC. 2ª Ed., Co-edição JUERP e King's Cross Publicações, 2009.

4 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

5 - CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por VersículoVol. I. Editora Milenium Distribuidora Cultural LTDA, 1ª Ed., 1980, São Paulo, 806 P.

6 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

7 - RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Cheve Linguistica do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.
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