março 16, 2016

"PAIS QUE SE AMAM"

"PAIS QUE SE AMAM"

Pelo: Pr. Fábio Bentes

       "As limitações do relacionamento"

          "Em todo relacionamento, os sujeitos são obrigados a encarar os limites pessoais e os limites do próprio relacionamento. Existem os limites emocionais, ou seja, nem sempre as partes estarão calmas, serão atenciosas, bem-humoradas etc. Há situações que mexem com nosso humor e podem nos tirar do eixo. Então, ambas as partes devem aceitar que, por circunstâncias variadas, há momentos em que a tensão aparece - mesmo nas melhores relações.

         Existem também os limites financeiros. Seja por um orçamento permanentemente modesto ou por circunstâncias excepcionais, com, por exemplo, o desemprego. Um casal será obrigado a reconhecer que não tem condições de satisfazer todas as vontades; que não tem como atender a todos os desejos. Existem os limites estéticos. A esmagadora maioria das pessoas não atende os padrões de beleza que são expostos exaustivamente na mídia. E a tendência é que, com a idade, a distância entre nós e os padrões estéticos aumente cada vez mais. Existem também os limites de intervenção na vida das pessoas ao nosso redor. Nesse sentido, se temos amigos e parentes cuja conduta é inconveniente, nós e nosso cônjuge não temos como fazer muita coisa. Podemos, no máximo, trabalhar para que a interferência desses comportamentos não atinja nossa própria relação, mas não temos o poder de mudar o temperamento de todo esse povo.

          De qualquer forma, apesar de tudo isso, é muito importante destacar que existe possibilidade de alegria - muita alegria! - mesmo com todas as limitações de um relacionamento. Um relacionamento pode ser muitíssimo agradável, mesmo tendo todas as limitações do mundo, afinal de contas, pode haver muito amor em uma casa com pouco dinheiro; pode haver muita atração mesmo entre corpos que estão envelhecido; pode haver reconciliação mesmo após discussões desagradáveis. Então, nunca se pode perder de vista que a alegria é possível, mesmo em condições não ideais, até porque as condições ideais não existem".

          O Pr Fábio Bentes é Psicanalista e escritor. Contatos: fabiobentes@hotmail.com; Tel. (11) 98715.1485; Facebook: Fabio Bentes

          Conteúdo extraído na íntegra de periótico Comunhão da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Edição Nº 01, Ano 107, janeiro de 2016, P. 12.

março 11, 2016

"O PERDÃO DO CHEFE ÍNDIO"


"O PERDÃO DO CHEFE ÍNDIO"

       "Maskepetún era um poderoso chefe índio que costumava guerrear ferozmente contra os seus adversários. Certa noite ouviu um missionário que pregava sobre a oração de Cristo, em sua agonia: 'Pai, perdoa-lhes...'

         No dia seguinte, Maskepetún se encontrou com um índio que havia matado seu filho. Deparando-se com ele, Maskepetún dominou-se admiravelmente e disse: 'Tu mataste o meu filho. Mereces morrer. Fizeste a mim e à minha tribo o maior mal que se pode fazer. Quebraste meu coração e destruíste aquele que me sucederia'.

         'Se eu não tivesse escutado o que o missionário disse a noite passada junto à fogueira, te cravaria esta flecha no coração. Mas o missionário ensinou que, se queremos que Deus nos perdoe, devemos perdoar aos nossos inimigos'. E, profundamente emocionado, prosseguiu: 'Assim como espero que Deus me perdoe, eu te perdoo'! E, inclinando-se sobre o pescoço de seu cavalo, deixou suas emoções se expandirem, derramando lágrimas amargas".

        Extraído literalmente de: Corpo Redatorial. Edições Luz do Evangelho - Livro 206-P Professor. Editora Betânia, Belo Horizonte, 1968, 72p, p. 61.

      Que possamos viver os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo assim como Ele viveu, perdoando os nossos inimigos assim como o índio Maskepetún conseguiu perdoar o seu inimigo, amém!

março 01, 2016

QUANDO O POVO DE DEUS ORA!

QUANDO O POVO DE DEUS ORA!

JUÍZES 6:1-10.

        A oração é importante para a vida espiritual, do povo de Deus, tanto quanto o café, o almoço e o jantar são importantes para alimentar o nosso corpo físico. Foi por isso que o Senhor Jesus Cristo recomendou a oração aos seus discípulos, em (Mateus 26:41) "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca". E o Apóstolo Paulo recomenda em (I Tessalonicenses 5:17) "Orai sem cessar". A seguir vamos destacar a importância de QUANDO O POVO DE DEUS ORA. Mas antes porém, queremos iniciar falando dos resultados de quando o povo de Deus não ora.

        1 – QUANDO O POVO DE DEUS ORA AO deus ERRADO, TAL ATITUDE PARECE MAU AOS OLHOS DO SENHOR.
        De acordo com o contexto do livro de (Juízes 2:2), desobedeceram o mandamento do Senhor Deus de Israel. Em (Juízes 2:10-13) diz que levantou uma geração que não conhecia o Deus de Israel. Conhecer significa um relacionamento de intimidade com Deus. Uma comunhão íntima com o Senhor Deus.

        Não oravam ao Deus Todo-Poderoso porque havia abandonado ao Deus que tantas maravilhas havia feito através de Moisés e Josué, para servir aos baalins (juízes 2:11).

        A palavra servir, no hebraico, pode ser citadas aqui, pelo menos três que são “tsaba”, “sharet” e “polhan” (HARRIS, 2008, p. 1.256, 1.621 e 1.725) que estão no sentido de estar a serviço de, ministrar aos... adorar aos deuses como os levitas serviam e adoravam ao Senhor no templo.
        Os israelitas ao invés de servirem, de adorarem ao Deus Todo-Poderoso, estavam servindo e adorando aos rivais do Senhor, “Baal e Astarote”. Que este não seja o nosso caso!

        2 – QUANDO O POVO DE DEUS TROCA-O PELA IDOLATRIA, A PRIMEIRA COISA QUE ACONTECE É SAIR DE DEBAIXO DA AUTORIDADE, DA COBERTURA DO SENHOR, (V.1) “o Senhor os deu na mão dos medianitas”.
        Quando saímos de debaixo da autoridade do Senhor Jeová, entramos debaixo da autoridade do inimigo. Sem a cobertura de Deus o inimigo deita e rola em nossas vidas.
        Deus deu os filhos de Israel aos medianitas, (V.1). Deu no sentido de serem explorados por eles; portanto, foram explorados material, emocional e espiritualmente pelos os medianitas. Exploravam o povo, tudo o que plantava e colhia, (V. 4-5). Além das ovelhas, dos bois e jumentos. E todas as vezes que distanciamos do Senhor, ficamos à mercê de Satanás. Ficamos vulneráveis. Sem a proteção de Jeová.
        Era quando o chicote descia no lombo das pessoas, a dor, o sofrimento e a fome faziam com que Israel se lembrasse de Deus, clamava ao Senhor. A ideia é de alguém que está em angústia, e põe angústia nisso!
        Como a história se repete! Quando esquecemos de Deus, abandonamos a casa do Senhor e o chicote vem, aí lembramos dos bons momentos na presença do Senhor. Aí voltamos para Deus, só que já todos estropiados. Sem a cobertura de Deus, sem a comunhão com Jeová e sem alimento acontecia...

        3 – O ENFRAQUECIMENTO, O EMPOBRECIMENTO DO POVO DE DEUS, SE DEU DE SEIS MANEIRAS:

        3.1 - Pela mistura e a incorporação de outras culturas, crenças, deuses ao povo de Deus.

        3.2 – O enfraquecimento físico se dava também, pela falta de alimento, (V.4) – “Destruíram o produto da terra, não deixavam mantimentos para o povo de Deus, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos”.

        O enfraquecimento se dava também pelo desânimo e abatimento interior, diante da exploração na escravidão. Israel passava fome, necessidade, Enfraquecido fisicamente. A fome é uma péssima conselheira, ela leva, às vezes as pessoas roubarem, assaltarem, a venderem seus corpos em prostituição. Mães que prostituem para dar de comer aos filhos.
        Satanás não brinca conosco, ele arrebenta com as vidas daqueles que dão lugar para ele, destrói as finanças como vemos em (Mal. 3:11). O dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele traz infelicidade, tenção nervosa, reclamações, murmurações e confusão no ceio da família. Felicidade, paz e saúde são três conquistas importantíssimas para a vida de todos nós.

        3.3 – O enfraquecimento Religioso – Trouxeram as práticas religiosas dos povos vizinhos para dentro das práticas religiosas de Israel, (3:6) – Serviram aos seus deuses.
        Tornou-se presa fácil. Não tem sido diferente em nossos dias. Igrejas cheias de seres humanos, mas vazios de Deus, fracas espiritualmente e de conhecimento da Palavra do Grande Deus.

        3.4 – O enfraquecimento Doutrinário, (2:10) – “Levantou-se outra geração que não conhecia ao Senhor”. É triste, mas é real nos dias atuais, um número muito grande de membros de igrejas que não tem convicção doutrinária. Não sabem em que creem e porque creem.

        3.5 – O enfraquecimento moralmente, (2:17) – “se prostituíram após outros deuses”. Nesses cultos havia sacerdotisas, prostitutas profissionais do templo. O nosso país, igrejas, famílias estão enfraquecidas por causa da prostituição religiosa, espiritual, moral e ética.

        3.6 – O enfraquecimento espiritualmente de Israel era porque não seguia fielmente os ensinamentos do Senhor. O povo era atraído pelos desejos, pela falta de conhecimento e consciência.
        Pela falta de conhecimento e de consciência, deixam as pessoas cheias de dúvidas. Sem convicções. Trocando à casa de Deus por coisas supérfluas. A falta de conhecimento leva as pessoas aceitarem práticas pecaminosas como normais em suas vidas e dentro das igrejas,  ou não em suas vidas, mas nas vidas dos filhos, dos familiares e membros de igrejas. Há diferença se não é em nossas vidas, mas nas vidas de nossos queridos?

        AGORA QUEREMOS FALAR DOS RESULTADOS DE QUANDO O POVO DE DEUS ORA E CLAMA AO SENHOR.

        4 – QUANDO O POVO DE DEUS ORA AO SENHOR ELE ENVIA MENSAGEIRO, (V. 8).

        4.1 – Antes do livramento, o Senhor envia o mensageiro, o profeta de Deus, para relembrar o povo os acontecimentos, os feitos do Senhor na vida do povo desde o Egito até a posse da terra prometida, (V. 8-10).

        4.2 – Antes do livramento a mensagem não era de prosperidade material aqui, de determinismo em nome do Senhor seremos livres de sofrimento, mensagem de bênçãos. Não, a mensagem foi de advertência – “Não destes ouvidos à minha voz”, (V.10).
        A mensagem apontava primeiro os pecados de idolatria e de desobediência. Portanto, a necessidade de uma mudança de vida, (V.10). Só depois enviava o livramento da escravidão para o povo.
        O povo de Israel não gostava de mensagem de advertência, como nós também não gostamos, mas elas fazem parte do plano do Senhor para as nossas vidas. Todavia, para alguns só através do sofrimento e da advertência é que aceitemos com humildade o plano do Senhor para as nossas vidas. Sejamos bons ouvintes, queridos leitores.

        5 – QUANDO O POVO DE DEUS ORA, O SENHOR ENVIA O SOCORRO, O LIVRAMENTO, (V.11) – Enviou um anjo a Gideão.

        Gideão não era um qualquer, era homem de Deus, valoroso. Deus tem posto diante de nós, quando em problemas, homens de Deus para nos dizer o que fazer, qual é a solução, o que precisa mudar em nossas vidas. Basta ouvi-los o que nem sempre acontece. O socorro só vem após a mudança de vida.
        Mudemos nossas as nossas vidas, ou seja, deixemos o Senhor mudar em nossas vidas aquilo que desagrada a Ele e veremos os milagres de Deus acontecendo de maneira natura em nossas vidas.

        PARA CONCLUIR:

        Deus não falha! Quando o povo, a igreja orava, as cadeias se abriam, (At.12:5-7,10): Pedro preso foi liberto. Em (At.16:26), Paulo e Silas presos, oravam e o milagre aconteceu. As pessoas eram e são curadas. Os espíritos demoníacos são exorcizados. A salvação chega aqueles que imaginamos que não serão salvos. O (Sal. 34:6) diz que Deus nos livra de todas as angústias. Angústia quanto ao futuro dos filhos. O perigo das drogas. Angústia da escravidão dos pecados e de Satanás.

        Pastor Flávio da Cunha Guimarães.

        Se deseja falar conosco o e-mail: prflavioguimaraes@yahoo.com.br

Bibliografia

Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. 1978, São Paulo.

BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p, p. 235.

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