“QUERIDOS PAIS”
Analisando nossas vidas como pais, que
tipo de valores nossos filhos têm aprendido conosco? Valores passageiros, temporários ou
valores que os filhos levarão para a eternidade?
Para sermos sinceros, a maioria de nossos
filhos, tem aprendido valores passageiros, temporários que não tem valores, não
são duráveis. Gastamos uma grana preta para comprarmos
carro do ano, importado; brinquedos caríssimos, Smartphone, tablete, que são
ultrapassados rapidamente; roupa de marca; escola particular e tantas outras
coisas para agradar os filhos.
Não quero dizer que sou contrário a ter
tudo isso. Se pode ter, não há nada demais. O que não pode é estamos
preocupados com o status, com o conforto, em agradar os filhos com bens
materiais, sem dar-lhes o que eles mais precisam, o que mais necessitam, o que
durará para sempre, que é o amor, o carinho, a atenção, a valorização, a disciplina,
o exemplo de uma vida de fé, de caráter, de temor a Deus.
Os pais tentam barganhar com os filhos.
Dar as coisas materiais, negando-lhes as essenciais, ditas acima,
principalmente os valores espirituais.
Outro fator importante. Queremos que
nossos filhos cresçam pacientes, bondosos, considerando, respeitando os outros;
no entanto eles cresceram, ou crescem convivendo com pais descontrolados, que esbravejavam
palavrões, xingamento em discussões acirradas dentro do lar, enquanto dirigem
no transito, criadores de problemas com vizinhos; resumindo, pais encrenqueiros. Como querer filhos pacientes, bondosos,
considerando, respeitando os outros se não viram o exemplo dentro de casa?
Queremos que nossos filhos sejam honestos,
bons pagadores, não mentirosos. Como termos filhos com essas qualidades, se cresceram
vendo os pais dando calotes, sonegando impostos, mentindo descaradamente. Os
filhos são aquilo que ensinamos a eles, não só com palavras, muito mais com
nossas atitudes.
Não querermos que nossos filhos se
envolvam com drogas, afinal oferecem um perigo tremendo em todos os sentidos.
Mas enquanto cresciam viam os pais anestesiados pelo álcool, em casa e nas
festas; Pais, familiares usando craque, cocaína e tantas outras drogas; com um
agravante, familiares que ainda facilitam os usuários de drogas, dando dinheiro
para comprarem. Se não queremos nossos filhos usando
drogas, não usemos também.
Queremos nossos filhos bem casados,
felizes, relacionamento harmonioso. Mas como? Se cresceram dentro de famílias
desajustadas, cheias de ódio, inveja, ciúme, competição, palavrões, brigas,
incompreensões, explosões e separações! Esses filhos aprendem o que sobre prioridades
na vida? Se os pais, se os familiares não valorizam o relacionamento familiar
como deveria? Se o dinheiro, se a realização pessoal, profissional nos cegam,
tornando-se prioridade para nós?
Como ensinar para os nossos filhos sobre
moralidade e ética, se ficamos, se deixamos em frente da TV assistindo horas e
horas de violência, sexo explícito, infidelidade conjugal? Se não bastasse tudo o que vê na TV que
não presta, ainda tem os líderes de comunidades, de igrejas que dão péssimos
exemplos para a sociedade em geral!
Que não façamos como muito dizem: “Faça o
que digo, mas não faça o que faço”! O ideal é dizermos: faça o que eu faço,
como o Apostolo Paulo disse para a Igreja em Corinto, (I Cor. 11: 1), “SEDE
meus imitadores, como também eu de Cristo”. Que o Senhor tem misericórdia de nós que, às
vezes, somos péssimos exemplos para os nossos filhos!
Vamos terminar com uma advertência do Senhor
Jesus Cristo, em (Mat. 18:6-7) que diz: “Mas, qualquer que escandalizar um destes
pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma
mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos
escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por
quem o escândalo vem”!
Estamos convidados a colocarmos
em prática estes ensinamentos, amém!
Pr Flávio da Cunha Guimarães
Extraído e adaptado de: KEMP, Jaime. Nós Temos Filhos. Ed. Sepal, 4ª edição, São Paulo, 2000, 129 p. P. 9-11