JESUS ESCOLHE OS DISCÍPULOS
Em
(I Cor. 1:26-29) lemos: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são
muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres
que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir
as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as
fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que
não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante
ele”.
Deus
têm métodos distintos do nosso para fazer as suas escolhas, porque Ele não se limita
a aparência, nem mesmo escolhe pelas faculdades que temos ou que venhamos a
ter.
A
palavra vis no texto acima significa: as pessoas sem nobreza, baixas, ou coisas
desprezíveis.
Ao
relacionarmos, ao lidarmos com as pessoas, sejam elas quais for, sempre olhamos
para a aparência, para o conhecimento que elas tem, achando que as mesmas tem mais
habilidade, mais capacidade para exercer a função ao qual pretendemos atribuir
a elas.
Deus
têm um método diferente, do nosso, para fazer as suas escolhas, porque Ele não
se limita a aparência, nem mesmo escolhe pelas faculdades que temos ou venhamos
a ter. Deus olha o coração, a intenção, a honestidade, a bondade e a fé que
devem haver dentro de cada um de nós.
Vamos
analisar passo à passo o que o texto lido acima quer nos dizer:
OS
PARÂMETROS DE DEUS NAS ESCOLHAS: AO INVÉS DE ESCOLHER OS SÁBIOS, ELE ESCOLHE OS
NÉSCIOS OU IGNORANTES.
Como
entender este parâmetro de Deus? Só podemos entender esta declaração do
escritor sagrado, o Apóstolo Paulo, se recorrermos ao contexto do capítulo 1 de
Primeira Epístola aos Coríntios e à cultura grega. Os gregos eram e ainda são conhecidos no mundo inteiro por sua sabedoria. A Grécia é o berço dos maiores
filósofos que já existiram na história da humanidade. Daí não compreenderem o
Evangelho do Senhor Jesus em sua essência. Deus escolher homens ignorantes para
divulgar o Evangelho de Jesus Cristo, para os gregos era irracional. No entanto
o Senhor Deus escolheu os néscios ou ignorantes para envergonhar os sábios,
segundo o conhecimento intelectual. Os gregos consideravam uma loucura o fato
do Salvador da humanidade, que é Jesus Cristo, vir a este mundo para morrer de
maneira tão hostil, tão humilhante, tão sofredora em favor de homens tão maus,
tão pecadores, que para os gregos não passava de uma afirmação irônico,
irracional, impossível de aceitar, para um grego racional.
Mas
ainda é de se notar como, às vezes, somos impedidos de fazer a obra de Deus,
porque nos esbarramos na visão que temos de nós mesmos, que somos incapacitados
para exercer esse chamado divino; por outro lado, há aqueles que acreditam que
podem interferir no plano espiritual embasados em seu conhecimento humano. O
que na verdade não podemos.
OS
PARÂMETROS DE DEUS NAS ESCOLHAS: AO INVÉS DE ESCOLHER OS FORTES, DEUS ESCOLHE
OS FRACOS.
Podemos
analisar a expressão “poderosos ou fortes” do seguinte modo:
Existem
3 coisas que conferem poder ou força ao homem, que são elas:
Dinheiro
- Poder aquisitivo, poder material. Conhecimento – Poder mental, ou psicológico.
e, Força física – Poder físico.
O
que podemos analisar de imediato é que nestas três formas de poder leva-nos a
pensar que somos independentes de Deus. Que se temos dinheiro, conhecimento ou
força física, dependemos somente de nossa própria capacidade, e não do Senhor
Jesus. Se temos alguma destas três características, temos a falsa ideia que
conseguiremos tudo que temos vontade. Mas na vida real não é bem assim. Por isso
que Deus escolheu os fracos, porque os fracos precisavam e ainda precisam ser
dependentes do Senhor; precisavam e ainda precisam de auxílio de Deus, de serem
fortalecidos por Deus. Esta dependência vem de encontro aos planos de Deus na
vida do homem; o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza do homem que depende
do Senhor, é o que afirma o texto em (II Cor. 12:9) “E disse-me: A minha graça
te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” a. O poder
de Deus será visto quando somos capazes de fazer o que as minhas condições
naturais não permitem, mas fazemos porque o Senhor nos capacita. Diante da
pergunta do Senhor Jesus Cristo em (Mt 16:16) “Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? O que Pedro respondeu
em (Mat. 16:17): E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos
céus”.
O
que Jesus Cristo quis dizer é que somos totalmente dependentes do Senhor Jesus.
Ai daqueles que pensam que não são dependentes. Pobres coitados.
OS
PARÂMETROS DE DEUS NAS ESCOLHAS: AO INVÉS DE ESCOLHER OS NOBRES, DEUS ESCOLHE
OS HUMILDES.
Nobreza
está ligada a orgulho, a ostentação, a vaidade. Os que têm um nascimento nobre,
em um nível social elevado estão convencidos que vivem, que são superiores aos
pobres; são levados para as melhores escolas, roupa de grife, passeios
turísticos. Isso tudo leva as pessoas abastardas a pensarem que são melhores,
superiores, que nada foge de seu conhecimento e controle, tornando pessoas intratáveis,
antipáticas, com as devidas exceções.
Que
não foi o caso do Apóstolo Paulo depois de sua conversão. Ele tinha razões para
se vangloriar, porque era possuidor de um conhecimento muito grande, tanto intelectual,
cultural e religioso, pois era poliglota; porém, considerou tudo isso como refugo,
como lixo, em (Fil. 3:8) “E, na verdade, tenho também por perda todas as
coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual
sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que
possa ganhar a Cristo”, para ter o conhecimento do Filho de Deus. Em outras
palavras, deixou de confiar em si mesmo, em sua capacidade natural para confiar
exclusivamente em Jesus Cristo.
Jesus
escolheu pescadores, homens que não tinham o perfil de pessoa ideal para a missão
tão importante, para serem os porta-vozes da mensagem do DELE. Eles aceitaram o
desafio de Jesus, de serem pescadores de homens; o que Deus espera de nós, pessoas
transformadas pelo deu poder, para sermos pescadores de almas também. Assumamos
o propósito de ganharmos almas para o Senhor Jesus e seu Reino enquanto ainda
há tempo, Amém.
Jesus envia os discípulos.
Pr
Flávio da Cunha Guimarães
Bibliografia:
1 - ALL-COM Allen, Clifton J. Editor geral. Comentário Bíblico Broadman. Novo Testamento. Tradução de Adiel
Almeida de Oliveira. Rio de Janeiro, JUERP, 1983, vol. 8, 484 P, P. 156-157.
2 - Bíblia de Estudo de Genebra. São
Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.
3 - Bíblia Vida Nova. Traduzida por
João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed.
1978, São Paulo.
4 - Bíblia de Promessas. Tradução João Ferreira
de Almeida. RC. 2ª Edição, Co-edição JUERP e King's Cross Publicações, 2009.
5 - BOYER, Orlando S.
Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA,
665 p.
6 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada
Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15
dez. 2014.