FIL. 3:5-20
ABSTRACT
We know and are fully aware that there are certain things and events in our lives that are difficult or almost impossible to forget. These events can be good or bad. When the Apostle Paul spoke of forgetting, he did not refer to Alzheimer's disease, or to a blackout of the mind, he spoke in the sense of not letting things be good or bad, to influence, I aim to be stuck in that past, paralyzed or change their behavior, causing nostalgia, losing sight or blinding to see what is best, what was to come and what is much better.
Sabemos e temos, pleno conhecimento, que há certas coisas e acontecimentos, em nossas vidas, que são difíceis ou quase impossíveis de serem esquecidos. Acontecimentos esses que podem ser bons ou ruins. O que levou o Apóstolo Paulo a falar em esquececimento, não referia-se ao mal de Alzheimer, ou a um apagão da mente, ele falava no sentido de não deixar as coisas boas ou ruins influenciarem, aponto de ficar preso a esse passado, paralisado ou alterar o seu comportamento, o curso da vida causando saudosismo, perdendo de vista ou cegando o ver o que há de melhor, o que estava por vir e que é muito melhor. E o que estava por vir? É o que veremos a seguir...
O Apóstolo Paulo estava falando de sua vida e suas conquistas religiosas, status e posição de liderança, o que estava deixando, para trás, porque Jesus Cristo o encontrou na estrada de Damasco e sua experiência com Cristo, fora tamanha, que o que estava perdendo não se comparava diante do que haveria de conquistar. E é o que nós queremos discorrer neste post.
Ele estava falando das coisas que deixou para trás, de maneira consciente, a sua religiosidade, por amor ao Senhor Jesus Cristo. O Apóstolo reconhecia que o apego a religiosidade recebida por tradição, impediria ou atrapalharia ele alcançar a salvação, a comunhão como o Senhor Deus, a ressurreição, a eternidade e o céu. Será que, em nossos dias, o apego a religiosidade em detrimento a Jesus Cristo, ou o apego as ideologias, títulos e status não tem impedido muita gente encontrar a salvação e a eternidade com Deus?
Ele deixou para trás a circuncisão, a linhagem hebreia, o título de fariseu, a religiosidade zelosa, a justiça da lei, o fervor religioso, o ser reconhecido como irrepreensível porque descobrira que tudo isso não tinha mais valor diante da nova descoberta que estava diante de si, uma vida de paz, de esperança e certeza de vida eterna com o Senhor Jesus Cristo. O Senhor Jesus não quer fervor religioso tanto quanto quer vida entregue completamente a Ele. É disso que o Apóstolo Paulo está falando, e é disso e muito mais que quero falar a você que chegou até aqui.
PARA ESQUECER E PROSSEGUIR É PRECISO OLHAR MENOS PELO RETROVISOR DA VIDA:
Se ficarmos olhando e presos ao passado, seja ele bom ou ruim, se orgulhando ou condoendo-se e com dó de nós mesmos: Eu sou fruto de família pobre. Jesus Cristo também foi filho de família pobre, nem por isso ficou condoendo e com dó de si mesmo. Meus pais não me deram tudo o que eu queria. E quem disse que os pais tem que dar tudo o que os filhos querem! Vemos que os pais deram, as vezes, tudo o que os filhos precisavam e além do que podiam dar, aos filhos; todavia, os filhos ingratos, não veem e não reconhecem o que os pais deram. Meus pais não me deram amor. Ou deram e nós, os filhos, que não soubemos reconhecer! Deu tudo errado em minha família! Onde está escrito que tudo tem que dar certo? Onde o ser humano se faz presente, por ser ele falho, muitas cousas dão errados, até mesmo para que possamos baixar a bola de vez enquanto. Está dando errado porque alguém está fazendo e tomando decisões erradas, na vida, que estão repercutindo na vida dos descendentes. Meus pais bebiam, usavam drogas, eram maus, violentos, fui espancado, violentado e fui amaldiçoado! Quantos que vieram de situações semelhantes e foram bem sucedidos! Se tem conhecimento do que foram vítimas dos pais, porquê reproduzirem o mesmo comportamento dos pais para com os filhos?!
Não podemos negar que são problemas, para as pessoas, o que fora citado acima. Que para a maioria das pessoas, realmente, é muito difícil superar os traumas. Todavia, se ficarmos presos e ligados a esse passado desastroso, que gostaríamos de esquece-lo, mas não esquecemos, ficamos relembrando e remoendo-o, é o mesmo que ficarmos olhando a vida no retrovisor. E é aí que mora o perigo. Enquanto olhamos para o passado, estamos impedidos de olharmos para as possibilidades do futuro. Com isso não chegaremos a lugar algum. Esse passado não traz edificação alguma em nenhuma das áreas de nossas vida. Enquanto olhamos o retrovisor de nossa vida passada, deixamos de olhar para frente e de caminhar. Deixamos de fazer planos, deixamos de conquistar as bênçãos e as vitórias. E é aí que está o perigo, corremos riscos de acidentes.
Se assim procedemos, prendendo-nos ao um passado desastroso que pouco contribui para o sucesso, a não ser que saibamos tirar proveito dele, damos demonstração de pobreza de espírito, mental, emocional e espiritual. É querer continuar pobres, fracassados(as) e infelizes. Por outro lado, ninguém quer viver pobre, fracassado e infeliz, então, não olhemos pelo retrovisor da vida. Olhemos o caminho e as possibilidades que estão diante de nós! Jesus Cristo disse, em Lucas 9:62: “(...) Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”. Se não queremos viver fracassados não olhemos só para trás, fixemos o nosso olhar para frente e no futuro.
O Apóstolo Paulo olhava para frente e para o futuro, porque ele via, pela fé, a sua participação na ressurreição em Cristo e sua entrada no Céu, V.10-11. Ele via, pela fé, a consumação de ser, ele, alcançado por Jesus Cristo, V.12. Não foi ele quem alcançou a Jesus Cristo, mas foi Jesus Cristo quem o alcançou pela graça irresistível! Ele via, pela fé, o prêmio que o esperava, a vocação celestial, V.14. Ele via o Céu como a pátria definitiva, V.20. A pátria dos salvos é o Céu, o paraíso e o gozo eterno. Já a pátria dos não salvos é o inferno, o sofrimento eterno, lugar de ranger de dentes. Paulo via a salvação somente em Jesus Cristo, V.20. Não há salvação fora de Jesus Cristo, se alguém está ensinando salvação por outro meio está blefando. O Apóstolo via o corpo de Jesus Cristo glorificado e tinha a certeza que seu corpo será de igual modo glorificado também, V.21.
Paremos, portanto, de olhar para as dificuldades, para os problemas, para as limitações: Não sei, não consigo, não posso é a desculpa de muitos. Paremos de lançar mão do arado e olhar para trás. Vamos arar a nossa terra. Vamos fazer acontecer em nossas vidas. Paremos de esperar que os outros arem a terra por nós! Paremos de reclamar, de murmurar, de chorar pelas bênçãos não alcançadas, pelo leite derramado e vamos à luta. Agimos, às vezes, como meninos e meninas mimados, dengosos, dependentes que querem tudo pronto na mão e de mãos beijadas. Os que recebem tudo de mãos beijadas, poucos são os que valorizam e dão o devido valor. Para muitos, o que tem valor é o que conquistam com suor, com trabalho e com lágrimas!
Sabemos e temos pleno conhecimento que há certas coisas e certos acontecimentos, em nossas vidas, que são difíceis, quase impossíveis de serem esquecidos. Acontecimentos esses que podem ser bons ou ruins. Acontecimentos ruins em minha vida em que citarei apenas três, entre tantos: 1 – Nasci, cresci e vivi em pobreza como tantos outros que nasceram, cresceram e viveram em pobreza, Jesus Cristo é um deles. Mas nem por isso Jesus Cristo ficou lamentando a sua pobreza humanamente. Eu também não quero viver de passado e lamentando. O que vive de passado é a história e museu. 2 – A perca de meu irmão, Mozart, em 07-07-1984 em um acidente de automóvel drástico. E 3 – A partida de meu pai, 29-11-2003 através de uma ataque cardíaco. Mas nem só de acontecimentos ruins e trágicos vivemos, tem os bons e são muitos: 1 – Conversão nossa no final de abril e Batismo dia 27-07-1975. Foi um acontecimento marcante e memorável. 2 – A Formatura como Bel em teologia no STBSB em 01-12-1984. 3 –A Sabatina para o pastorado dia 26-01-1985, em que fomos aprovados e a ordenação em 02-02-1985. 4 – O Casamento em 10-01-1987, porque fui aprovado pela jovem, Sílvia, com o propósito até que a morte nos separe. 5 – O nascimento da primogênita, Quésia, em 05-01-1988 e a caçula, Queila, em 08-06-1991, lindas filhas e bênçãos em nossas vidas.
Observemos quantas coisas boas para apegar-me e me alegrar, por que, então, me prender as ruins e trágicas da vida, se tenho coisas boas para recordar? Vasculhe a sua vida que você também tem coisas boas para recordar. Por que gastarmos tanta energia, com as coisas ruins, que já estão no passado, que não nos ajudarão, ou ajudarão pouco quanto a edificação de nosso futuro, se podemos pensar e nos apegarmos nas coisas boas e projetarmos o que queremos da vida no futuro?! Desprendemo-nos do passado desastroso e agarremos ao futuro que está por vir e com muita coisa boa que Deus nos promete em sua Palavra. Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, foi o que o Apóstolo Paulo afirmou. Logo, é melhor esquecermos o que não conquistamos, as derrotas, o passado desastroso e lembrarmos do que ainda poderemos conquistar, o estudo, um bom emprego, uma família, o respeito, a salvação e Céu de glória!
O Apóstolo Paulo quando fala em esquecer-se das coisas que para trás ficam, ele não refere-se ao mal de Alzheimer, a um apagão da mente, assim entendemos, pois tem coisas que não dá para esquecer de jeito nenhum! Entendemos que o Apóstolo falava no sentido de que não influenciava mais a sua vida quanto a valores aponto de ficar preso a esse passado, fosse ele bom ou ruim, aponto de paralisar as suas ações quanto a conquistar o que ele relaciona no texto em questão. De não alterar comportamento, causar saudosismo, perder de vista o que era melhor, mais importante e estava por vir. E o que era melhor e estava por vir? O ter encontrado o perdão, a salvação, a ressurreição, o céu e o prêmio da vocação celestial. Esquecer-se das coisas que para trás ficavam, para prosseguir em direção a Jesus Cristo e ao Céu, é um convite, a nós, para deixarmos para trás a religiosidade oca o que ele deixou, vazia, sem fruto, sem valor, que não edifica e que não conduz ao Céu, pelo contrário, poderá impedir de chegarmos ao Céu. Se o Apóstolo deixou, nós podemos deixar também!
POR QUE DEIXARMOS A RELIGIOSIDADE?
Porque a religiosidade fanática, moralista, oca de conteúdo bíblico e formalista, como a dos fariseus do passado e no presente, gerava e gera sentimento de orgulho, de prepotência, metido a basta, exaltação de si mesmo, justiça própria, fazer comparações para julgar-se o ser melhor, superior e mais espiritual do que os demais, o que conduz a descriminalização, autossuficiência e a vaidade, o que é pecado. Pecados esse que fizeram com que Satanás saísse do Céu e viesse para a terra. O Senhor Jesus Cristo não quer esses sentimentos dominando os nossos pensamentos e o nosso ser. Eles constituem-se inimigos nossos, inimigos da cruz de Cristo e inimigos do Próprio Jesus Cristo. Por isso é preciso ter atitude de insatisfação do modo certo. Insatisfação com o que está errado em nós, no meio em que vivemos, sem porém, deixarmos que isso cause sentimentos doentios em nós e percamos de vista a causa maior, o Próprio Deus, sua causa e seu Reino.
É PRECISO TER DESCONTENTAMENTO.
Descontentamento quanto a situação como está, que muitos pensam que como está, está bom, já é o suficiente e porque sempre foi assim! Mas cabe uma pergunta: E se o que foi sempre assim, sempre foi errado? E se o que fora bom não está nada bom assim e não é o suficiente? Pensar em como está, está bom constitui em comodismo, contentamento e satisfação falsas, V.12. Não podemos viver no comodismo e satisfeitos com a falsidade! Se dentro de nós está clamando por mudanças, por melhoria e nos convencendo de que não está tão bom assim! Tem muita gente pensando assim até porque não quer criar desconforto, o politicamente correto. O comodismo pode ser chamado de letargia. O que é letargia? É estar acordado, em um sono profundo, prostrado moral e espiritualmente, vivendo uma apatia diante da vida que nos desafia a agirmos contra tudo o que tenta conter o avanço do Reino do Senhor Jesus, os inimigos da cruz de Cristo. A situação atual clama por posição do povo de Deus, e não havendo a reação que Deus espera e quer, isso caracteriza negligência. A vida com Jesus Cristo é um perder e conquistar constante. É um renovar permanente. É um mudar necessário e é um transformar constante, situação e vida. Enquanto aqui vivemos, com Jesus Cristo, prossigamos correndo atrás, de maneira intensa e rápida para alcançar o que Deus nos propôs.
ESQUECENDO PARA PROSSEGUIR...
Precisamos lembrar todos os dias quem éramos quando vivíamos sem Jesus Cristo. Éramos cegos, perdidos, condenados ao inferno, sem salvação, ignorantes, escravos do pecado e do Diabo. Profanos, rebeldes, religiosos, mas sem Jesus e sem salvação. Para prosseguir é preciso esquecer a pobreza, a riqueza, os títulos, a posição social, os diplomas, a fama para ter o mais importante a presença de Deus, em Cristo, a salvação e o Céu. Se colocarmos as riquezas, os títulos, a posição social, a fama, o sucesso como mais importante do que Deus, a salvação e o Céu, é constituirmos amigos do mundo e inimigos de Deus. E quem é amigo do mundo, torna-se inimigo de Deus, é o Tiago 4:4 diz: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. É o que Jesus Cristo diz em 1 João 2:17: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. O mundo passar, os amigos passam e os inimigos da cruz de Cristo passarão também com o mundo. É preciso esquecer e deixar para trás as mágoas, os ressentimentos, o ódio, os sentimentos de vingança, o revanchismo, a desforra, a inveja, a auto piedade, a auto depreciação, os complexos de inferioridade e superioridade se queremos conquistar a aprovação de Deus e seu Céu.
Para concluir: Precisamos prosseguir...
Prosseguir crendo que o Senhor Deus agirá e intervirá no tempo dele, Ele não está inerte. Precisamos prosseguir fieis em meio a infidelidade. Precisamos prosseguir esperançosos quando tudo contribui e contraria para não sermos esperançosos, mas mediante as promessas de Deus confiamos e estamos esperançosos. Precisamos prosseguir trabalhando para nos mantermos e propagarmos o Reino de Deus que está sendo implantado no mundo através da Igreja de Jesus Cristo. Precisamos prosseguir lendo para termos entendimento, principalmente a Bíblia para termos entendimento espiritual e divinal. Precisamos prosseguir orando para o agir de Deus em nós e através de nós, no mundo caótico, que salta diante de nossos olhos. Precisamos prosseguir amando a Jesus Cristo de paixão e ao próximo de coração, pois o amor é o vínculo da perfeição. Se queremos um ano de 2021 feliz, alegre, de realizações, de vitórias e de bênçãos, vamos esquecer quem éramos e tudo o que nos marcou negativamente, e vamos prosseguir na direção de Deus, do Céu, da vida eterna, ao lado do Senhor Jesus, e da vitória final.
Pastor Flávio da Cunha Guimarães
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Bibliografia:
1 - MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. Ed. Cultura Cristã, 2007, São Paulo, 460 p.
2 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em:
3 - RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Chave Linguística do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.
4 - SCHOLZ, Vilson e Roberto G. Bratcher. Novo Testamento Interlinear Grego – Português. 1ª Edição. Barueri, SBB, 2008, 979 p.
5 - TAYLOR, William Carey. Introdução ao Estudo do Novo Testamento Grego: Dicionário. 6ª Edição. Rio de Janeiro, JUERP, 1980, 247 p.