<h1> LIDANDO COM OS ACONTECIMENTOS ADVERSOS </h1>

Os acontecimentos adversos são inevitáveis em nossas vidas, mas que não devem e não podem paralisar-nos, visto que eles passam e a vida para nós continua. Se são inevitáveis, como lidarmos com eles no dia a dia? Vamos descobrir juntos?

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Acessado em: 18/04/2018

Atos 14:19-30 e 16: 23-25

Adversos são diferentes de diversos. Diversos quer dizer que não são iguais, semelhantes, não coincidem, diferem, divergem e desiguais. Adversos significam Hostis, inimigos, contrários, infortúnios, infelicidade, má sorte, desfavoráveis e impróprios.

Esses acontecimentos adversos podem ser desde o desemprego, situação financeira caótica, uma enfermidade grave, amor não correspondido até uma tragédia. Dependendo de nossa visão, como encaramos e reagimos somos afetados física, emocional e espiritualmente. Esses acontecimentos adversos, podem ser de pequena, de grande intensidade e proporção, depende de grau e como estamos emocionalmente quando acontece e como lidamos com os fatos.

Podem ser rotineiros, inesperados e esporádicos. Previstos, não previstos, apanhados ou pegos de surpresa. Podem ser pessoais ou coletivos. Podem nos afetar direto ou indiretamente. Podem causar reações e estragos em nossas vidas pessoais ou de nossos ente queridos. Podem ser percas parciais ou totais. Podem ser desde uma queda acidental dentro de casa, até a uma catástrofe como um terremoto destruidor ou uma tsunami.

Os estragos podem ser desde uma depressão até a tirada da vida.

A grande dificuldade e problema, estão em como lidamos com os acontecimentos adversos. Como estamos lidando com isso? Será que podemos aprender a lidarmos com os acontecimentos adversos?

Queremos dar o nosso ponto de vista quanto ao lidar com os acontecimentos adversos. Precisamos saber, se é que ainda não sabemos que:

1 – Nenhum acontecimento adverso é eterno, a não ser a morte. Ele passa e a vida continua para os que estão dentro dos acontecimentos adversos. Dependendo de como lidamos com eles, o efeito, sim, poderá ser eternizado em nossas vidas e é isso que o Senhor Jesus não quer para nós.

2 – Precisamos saber que: Nenhum acontecimento adverso deve ser supervalorizado além do que o necessário. Tem aqueles que vivem em função dos problemas. É um negativismo tremendo.

3 – Os acontecimentos adversos fazem parte desta vida aqui, visto que a vida no Novo Céu e na Nova Terra, não terão acontecimentos traumáticos lá e nem surpresas desagradáveis! Lá é lugar só paz, alegria, felicidade, harmonia, entendimento e amor, é o que diz Apoc. 20:4 e 21:27 e 22:3.

4 – Os acontecimentos adversos podem ser usados por Deus para disciplinar, para moldar o caráter do homem, para convencer-nos de nossos erros e nos preparar para uma vida de bênçãos infindáveis. É o exemplo da caminhada no deserto que era para fazer com 40 dias, levou 40 anos.

5 – Precisamos saber e aprender que todos os grandes homens e mulheres do Senhor passaram por acontecimentos adversos em suas vidas, por provações e privações para depois desfrutarem das doces consolações do Senhor tais como: Noé, Abraão, Moisés, Elias, Daniel, Apóstolo Paulo, Eva, Joquebede, Débora, Ester, Isabel e Maria mãe de Jesus. Nós não somos diferentes, nem melhores do que estes citados. Se queremos ser usados(as) por Deus, aceitemos isso como verdade para as nossas vidas. A não ser que não queiramos ser usados(as) pelo o Senhor Jesus. Se queremos ser homens e mulheres de Deus aprendamos a lidar com os acontecimentos adversos em nossas vidas e a tirarmos lições para o nosso crescimento.

6 – Precisamos saber e aprendermos que os acontecimentos adversos vêm, às vezes, não para nos destruir, nos paralisar e nos derrotar, mas para nos edificar, para que cresçamos emocional e espiritualmente. Acontecem, não para pararmos e estagnarmos na vida, seja em que área for. Em meio aos acontecimentos adversos precisamos entender que há necessidade de seguirmos em frente. A vida não pára por causa de problemas. Vejamos o exemplo do povo de Deus no Mar Vermelho em Êxodo 14:15 quando Deus disse: “marchem”! É marchando que caminhamos para a vitória!

7 – Precisamos saber e aprendermos que os acontecimentos adversos vem, não para nos fazer raivosos, irritados, estéreis, infrutíferos, murmuradores, revoltados, mal humorados, rancorosos e arrancarmos os cabelos! Isso é o que o Diabo quer de nós e é exatamente como nós as vezes ficamos e fazemos. Paremos de fazer o que o Diabo quer que façamos. Não adianta ficarmos raivosos, irritados, infrutíferos, murmurando, revoltados, mal humorados, rancorosos e arrancarmos os cabelos! Não, não resolve! Os acontecimentos adversos continuarão acontecendo. Os efeitos continuarão causando estrago em nossas vidas. E nós continuaremos raivosos, irritados, infrutíferos, murmurando, revoltados, mal humorados, rancorosos e arrancarmos os cabelos, porque não aprendemos a lidar com essas situações e tirarmos lições boas para a edificação de nossas vidas e eles continuarão causando estragos a nossa saúde. Mas não é isso que o Senhor Jesus quer para nós.

Que tal começarmos a ver os acontecimentos adversos de maneira diferente, como oportunidades que o Senhor está nos dando para crescermos em todos os sentidos?

Vejamos os exemplos de homens e mulheres de Deus como eles viram e lidaram com essas situações. O Apóstolo Paulo com seu apedrejamento em Listra, Atos 14:19-22, texto citado no início, diz: Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto. Mas, rodeando-o os discípulos, levantou-se, e entrou na cidade, e no dia seguinte saiu com Barnabé para Derbe. E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.... Com sua prisão, espancamento e preso ao tronco em Filipos”. E em Atos 16:23-25 assim relata: “E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam”. Percebe-se que os acontecimentos adversos não abateram os ânimos deles, pelo contrário, deu força para que consolassem os demais.

Ele, Apóstolo Paulo, tinha orgulho dos acontecimentos adversos em sua vida. Ele diz em Gal. 6:17: “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus”. Olhemos também a visão que ele tinha dos acontecimentos ruins em sua vida, em II Cor. 1:3-7: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação”. Agora II Cor. 4:11,15: E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal [...] Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus”. Ele vê que tudo é para a glória de Deus Pai. Foi ele quem disse em Rom. 8:28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. E em I Tes. 5:18: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.

Como vermos e lidarmos com os acontecimentos adversos? Vendo que tudo acontece para o nosso benefício e crescimento emocional e espiritual. Para a glória do Senhor Jesus. Só consegue ver isso aqueles que tiveram uma experiência marcante, profunda e conhecendo a vontade soberana de Deus para cada vida. O que o Apóstolo Paulo teve de sobra. Nós podemos ter também. Vamos buscar essa experiência e esse conhecimento!

8 – Precisamos saber e aprendermos a dar glórias, ao Senhor, mesmo diante das adversidades como o Apóstolo o fez. Não é por acaso que Ele foi o grande homem de Deus. Ele aprendeu, após a conversão, quem ele era: um ex-perseguidor da igreja de Cristo, pecador que odiava os cristãos, fariseu, legalista e indigno do imenso amor do Senhor Jesus. Após a conversão, ele reconheceu o quanto precisava glorificar o Senhor, mesmo nas adversidades. Se queremos ser grandes homens e mulheres, do Senhor Jesus, precisamos aprender a fazer dos momentos adversos como oportunidades que o Senhor nos dá de crescermos em todos os sentidos e levarmos vidas aos pés do Senhor.

9 – Precisamos saber e aprendermos, que mesmo o Senhor permitindo que passemos por adversidades, isso não significa que Ele nos abandonou e está nos punindo (Jó); pelo o contrário, são nessas horas em que Ele se faz mais presente em nossas vidas, trazendo o bálsamo e o refrigério diante das aflições. Exemplos bíblicos: Os três jovens, Sadraque, Mesaque e Abdinego, na fornalha na Babilônia, Daniel 3. O próprio Daniel na jaula dos leões, Daniel 6.

O Senhor não impediu que eles passassem pelas adversidades, mas esteve com eles em toda a adversidade. E se o Senhor esteve com eles nas adversidades, estará conosco também, amém!

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Bibliografia

1 – BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

3 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2014.

4 - RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Chave Linguística do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.

5 - SCHOLZ, Vilson e Roberto G. Bratcher. Novo Testamento Interlinear Grego – Português. 1ª Edição. Barueri, SBB, 2008, 979 p.

6 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.