novembro 08, 2018

SEGREDOS PARA A FELICIDADE

FELICIDADE

Todos nós procuramos, buscamos e queremos a felicidade. Para isso compramos pacotes de viagens para turismo. Planejamos e economizamos para comprar o corro novo; férias na praia, roupa e sapato novos; emprego, baladas e etc. Receitas para a felicidade é o que não falta, principalmente no final de ano. Mas será que a felicidade verdadeira, permanente e plena está nas coisas citadas acima? Como explicar a infelicidade daqueles que tem quase tudo de material: Casadas, homens e mulheres aos seus pés, ricas, bem sucedidas do ponto de vista social, universitárias, bonitas e resolvidas, mas amargam uma infelicidade que não se resolve? Será que a felicidade está realmente em ter tudo isso? Ou está diretamente proporcional em que, como e aonde a buscamos? Só assim poderemos entender o porque tantas pessoas que quase nada tem do que foi citado acima, são pobres de "marré-marré" e são felizes. Felicidade irradiante em que todos ao redor delas percebem e causa inveja à muitos que tudo tem, mas não tem a tal da felicidade. No mínimo deveria ser intrigante para os bonitões, conquistadores, poderosos, famosos e ricos e amargam uma infelicidade cruel e torturante.

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Acessada em: 08/11/2018

Há pelo menos três tipos de pessoas em busca da felicidade: 1 - Os que são infelizes e sabem que são, mas não buscam a felicidade porque já jogaram a toalha, são os infelizes conformados. 2 - Os infelizes e não sabem que são e por isso não estão buscando a felicidade. 3 - E os infelizes que estão buscando, mas buscando de maneira, em lugares aonde não encontrarão a felicidade e da forma equivocada. Portanto este post é para trazer uma reflexão sobre o tema de um prisma diferente.

TODOS

Todos nós procuramos, buscamos e queremos a felicidade. Há três tipos de pessoas em busca da felicidade: 1º – Os que acham e pensam que sabem como e aonde encontrar a felicidade. Tem até mesmo a receita. Faça isso, faça aquilo e deixa de fazer aquele outro. Será que sabem mesmo? Se todos soubessem como e aonde se encontra a felicidade, por que então, tanta gente vive infeliz, suicidando, os consultórios dos médicos, psiquiatras, psicólogos e de conselheiros matrimoniais vivem lotados? O que nos parece é que não são todos que sabem o que fazer para serem felizes. 2º – Há Outros porém, os que não sabem e até admitem que não sabem, como e aonde encontrar a felicidade, daí procuram a felicidade aonde ela não existe. A felicidade não está em uma zona de baixo meretriz. Em boates de baladas. Nos bailes funks. Em uma mesa de boteco na jogatina e no alcoolismo. Não está só no laser, nas viagens turísticas, nos bens materiais, na relação sexual onde rola a orgia ou mesmo em um relacionamento sexual normal ou até mesmo em estar em uma igreja. Se assim o fosse muitos dos que tem e fazem tudo isso não seriam ainda infelizes. 3º – E há os que pensam que sabem como e aonde encontrarem a felicidade, mas não sabem que não sabem e buscam a felicidade no modismo e no chamar a atenção para si. O que é modismo? É tudo aquilo que está em moda, tendo portanto, o caráter efêmero, passageiro e sem muito valor. Como que uma coisa passageira fará alguém feliz permanentemente? É também o idiotismo de linguagem, que em outras palavras, são as gírias, linguagem de malandros, marginais e manos. O que é contrário, às vezes, às normas gramaticais. Há os que buscam a felicidade no estilo de vida. Nas coisas materiais. Nos vícios. Nos prazeres. E até mesmo em atrapalhar a felicidade dos outros! O pensamento destes é o seguinte: Já que não sou feliz, você não será também, atrapalharei a sua felicidade. Esses tem uma vida bagaçada e infernizam a vida dos outros.

FELICIDADE NATA

Muitos pensam que a felicidade é nata, que ela vem no pacote ao nascermos e até morrermos, que é sem alteração, que a felicidade é constante, que ela nos alcança de maneira natural e mecânica, sem que façamos alguma coisa, como que não dependesse de atitudes, decisões, escolhas e estilo de vida. O que não é verdade e é aqui que muita gente engana-se. Explico o porquê: A felicidade acontece também a partir de nossas escolhas, atitudes, decisões e de nosso estilo de vida que queremos e escolhemos viver. A felicidade tem tudo a ver com elas! Fomos criados por Deus para sermos felizes e para sempre, mas devido as nossas escolhas e escolhas que fazem por nós; decisões, atitudes e estilo de vida, essa felicidade sofre solução de continuidade. Portanto, ela não é nata e constante. A felicidade depende, também, de nossa disposição emocional e espiritual, em lidarmos com as adversidades da vida em que nenhum de nós está livre delas. Mas quando sabemos lidar com elas isso proporciona a felicidade de todos nós.

EU E O OUTRO

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Acessado em: 08/11/2018

A nossa felicidade não está somente no outro ser, mas em nós principalmente. Quando há a união em casamento e em sendo os dois felizes, a felicidade um do outro se fundirá e o estado de felicidade será muito maior do que se uma parte só sendo feliz. Ninguém faz alguém feliz quando esse alguém não quer ser feliz, ou quer ser feliz, mas age de maneira contrária a tudo e a todos que poderão proporcionar-lhe a felicidade e de maneira infantil. Nem mesmo Deus é capaz de fazer alguém feliz quem não quer ser feliz ou escolhe viver uma vida que só traz infelicidade. Por exemplo: Quem envolveu-se em um relacionamento com pessoas envolvidas com crimes, pessoas com um histórico de violência, uso de drogas e que não deu prova de mudança de vida, não poderá desfrutar de felicidade plena, a não ser mediante um encontro com o OUTRO, que é Jesus e uma vida de abnegação. O outro aqui nos referimos ao Senhor Jesus. O que é abnegação? Abnegação é o desinteresse, a renúncia, o desprendimento para o devotamento de nossa vida, tempo, sentimento e emoções a favor de alguém. Abnegação é o sacrifício voluntário de uma pessoa em prol ou em proveito de uma outra pessoa, causa ou ideal. Aqui cabe uma questão para reflexão daqueles que se dizem cristãos. Quantos que, se dizem cristãos, e não abnegaram e não renunciaram quase nada na vida, em favor de Jesus Cristo, a quem dizem que é seu Senhor? Que se dizem lutando pela causa e ideal do Senhor, quando na verdade estão lutando pela causa e ideal próprios! A felicidade não está fora de nós, não vem de fora para dentro, mas está dentro de nós e fluem de dentro para fora para os outros. É por isso que muitos vivem frustrados porque esperam que os outros as façam felizes, como os outros nem sempre atendem todas as expectativas, caprichos e vontades, daí vivem infelizes e frustrados. A máxima é: Queiram fazer os outros felizes e serás felizes porque receberá de volta!

POR QUÊ?

Por que procuramos, buscamos e queremos a tal felicidade? Por que a felicidade traz bem estar. Segurança. Sensação de realização. Contentamento ao interior. Deixa a vida mais leve, cheia de esperança, sonhos e otimismo. A felicidade é contagiante. Ninguém sente-se atraído/a por uma pessoa infeliz de carteirinha. Mas uma pessoa que irradia felicidade será cercada de pessoas porque ela atrai e esbanja simpatia.

COMO E AONDE ENCONTRAR A FELICIDADE?

Jó 30:15 – diz que: “Sobrevieram-me pavores; como vento perseguem a minha honra, e como nuvem passou a minha felicidade”, portanto, era um estado miserável o dele. O livro que tem o seu nome, descreve o estado miserável em que ele encontrava-se, diante das calamidades por ele sofrida e dentro deste estado miserável, Jó afirmou que a sua felicidade fora embora como a nuvem passa.

O estado em que Jó encontrava-se, pobre porque perdera todos os bens materiais e imateriais, perdeu os filhos, perdeu a saúde física e a saúde emocional debilitada. Estado esse que fora provocado por Satanás, por consentimento de Deus Todo Poderoso, pois o Diabo nada faz se não for permitido pelo o Senhor Deus, a aqueles que pertencem ao Senhor Jesus, visto que, aqueles que pertencem a Satanás ele decide por eles. Aqui cabe uma pergunta para uma boa reflexão: Pode ser que Satanás, mediante a permissão de Deus, está provocando o nosso estado miserável e o nosso estado miserável está minando, sugando, retirando e levando embora a nossa felicidade, pense nisso! Portanto, Satanás é igual a infelicidade. Ele não defende e não luta pela nossa felicidade, pelo contrário, ele trabalha pela nossa infelicidade. A propósito, leiamos o que o Senhor Jesus Cristo diz em João 10:10 - "O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância". Ladrão aqui tem a conotação, dada pelo o Senhor Jesus, como sendo o Diabo. Mas isso tem solução a partir do momento em que reconhecemos que Jesus Cristo é o único que pode nos livrar de Satanás e salvar. A partir do momento que cremos de todo o coração em Cristo. Que O recebemos como o eterno salvador. E tornamo-nos filhos de Deus Pai. Podemos afirmar que a salvação está também em uma vida com Deus?

A felicidade plena é encontrada quando temos um encontro com o outro. A Bíblia conta uma história, em Luc. 24:13-35, muito interessante que fala desse encontro com o outro. Outro aqui é o Senhor. Seria bom dar uma lida no texto. Os dois discípulos no caminho de Emaús que tiveram um encontro com o Jesus ressuscitado. Diante dos acontecimentos em que eles presenciaram em Jerusalém a prisão, o julgamento, a crucificação, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, eles caminhavam conversando sobre os acontecimentos da crucificação e tristes, o que o contexto dá a entender que iam infelizes para as suas casas em Emaús, mas após o encontro com Jesus ressuscitado, tudo mudou e a felicidade reascendeu. Mudou o humor – a tristeza deu lugar a alegria. A infelicidade deu lugar a felicidade. A ida para Emaús deu lugar a volta a Jerusalém. A desesperança deu lugar a esperança. A mente entorpecida foi aberta para ver o Senhor ressuscitado. O cansaço da viagem deu lugar ao ânimo para voltarem a Jerusalém. Aqui cabe mais uma reflexão: Quantos de nós estamos com nossas mentes entorpecidas e por isso não vemos o que nos fazem infelizes, principalmente o tal do gênio difícil, os vícios, as fobias e o orgulho, o que nem sempre conseguimos ver? Quantos que estão cansados de igrejas porque não lhe são pregadas as verdade a respeito da vida, de uma vida com Deus e assim uma vida feliz? E deixamos de ver o que nos fazem felizes, uma vida com o Senhor! Mentes entorpecidas pelo lixo da sociedade e da Televisão, cheios de preconceitos e tendenciosos, por isso rejeitamos as verdades divinas para as nossas vidas, de nossos familiares e que nos fazem felizes? Pense nisso!

FELIZES EM MEIO AS PERSEGUIÇÕES

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Acessada em: 05/01/2019

Os cristãos primitivos viviam cantando e felizes, não obstante as perseguições e maus tratos recebidos dos judeus e depois do império romano. Os problemas, as perseguições e as tribulações não tiraram a felicidade deles. E por que tem tirado a nossa felicidade? O relato de Atos 16:22-32 fala do Apóstolo Paulo e Silas felizes após serem detidos, roupas rasgadas e deixaram eles quase nus, chicoteados, presos, amarrados em troco e ainda cantavam e oravam à meia noite, de maneira que os outros presos os escutavam. O encontro dos cristãos, com o Senhor Jesus, proporcionava a felicidade irradiante e plena, em que cantavam no coliseu, em Roma, antes de morrerem lutando com os gladiadores profissionais e com os leões famintos. O que nós passamos de provações não se pode comparar com que os crentes primitivos passaram em sofrimento. Se eles foram felizes em meio aos sofrimentos, nós também podemos ser.

FELICIDADE ESPERANÇOSA

A felicidade era real, porque havia esperança de dias melhores entre os cristãos primitivos. Nós temos esperança de dias melhores nesta vida e na vindoura? O que estamos fazendo para que sejam dias melhores realmente? Havia esperança de irem para o Céu através de Jesus Cristo. Temos nós a mesma esperança? Aqueles que tiveram uma experiência verdadeiro e profunda com o Senhor Jesus, com certeza tem essa esperança.

FELICIDADE EM MEIO AOS PROBLEMAS

É possível ser feliz em meio aos problemas, pois isso aconteceu, não só com os cristãos primitivos, mas também com o Senhor Jesus. Mesmo sabendo que seria preso, julgado, condenado, crucificado e morto em uma cruz injustamente, ao celebrar a ceia Ele cantou com os discípulos, Mat. 26:30. A felicidade vem também depois dos problemas e traumas. Quando temos esse encontro com o outro, que é o Senhor Jesus, um encontro real, marcante, profundo e verdadeiro, não importa os problemas que vêm posterior, estamos vacinados para enfrentarmos o problemas com o Senhor Jesus e sermos felizes. É no encontro com o outro que teremos o encontro conosco mesmo. Quem não tiver esse encontro consigo mesmo, não está qualificado para ser feliz. O encontro conosco mesmo é a primeira descoberta para começarmos a ser felizes. E o encontro conosco mesmos faz com que saibamos quem realmente somos. Somos criaturas. Débeis. Fragilizados. Carentes. Dependentes. Muitos estão destruídos emocional e espiritualmente, precisando ser sarados e reconstruídas as suas vidas em novas bases, conceitos e verdades, além de promover o nascimento da esperança que viverá dias melhores. Convide o senhor Jesus para ajudar você a reconstruir a sua vida em todos os sentidos e desfrute de uma felicidade real e plena NELE.

Jó era um eterno esperançoso, o que é confirmado em Jó 19:25-26. A sua felicidade foi prejudicada com as peripécias que lhe aconteceram, mas ela veio de maneira plena quando foi restaurado plenamente, Jó 42:1-2,5,10,12. Quando ele conheceu verdadeiramente o Senhor Deus, Jó 42:5, ele descobriu a verdadeira felicidade, pois o que ele tinha antes era apenas a sombra da felicidade. Quando orou pelos seus amigos Jó 42:10, a sua mente abriu para ver a restauração de tudo, inclusive a sua felicidade. O Senhor Jesus quer restaurar a sua vida, a sua saúde, a sua família e a sua felicidade. Creia que a infelicidade poderá tornar-se em grande felicidade. você foi criado/a para ser feliz! Mas a maior felicidade não é para essa vida, é para a futura. Não adianta ser feliz aqui e essa felicidade terminar aqui quando partirmos desta vida. Pois a felicidade das felicidades e é eterna, está na vida pós morte para os que partem com Cristo, visto que os que partem sem Cristo viverão infelizes eternamente. Pense nisso!

Conclusão

Que em 2019 saibamos fazer as nossas escolhas acertadas, tais como: 1 - Que escolhemos estar do lado de Deus, servindo-O, de coração e em amor; 2 - Que tenhamos a sabedoria para escolher a nossa família, como as pessoas mais achegadas, amigas e importantes, para a nossa convivência, relacionamento, compartilhamentos de ideais, objetivos e em cumplicidade; 3 - Que tenhamos discernimento, em escolhermos, como lugar preferido para frequentarmos, a Igreja do Senhor onde adoraremos de coração e de alma abertos, sem nenhum constrangimento; 4 - Que escolhemos honrar a quem honra: O trabalho honesto e honrado, a Igreja, a família e ao Senhor Jesus; e, 5 - Que jamais nos esqueçamos que a felicidade está em um conjunto de coisas que fazemos, deixamos de fazer, escolhemos e deixamos de escolher e no estilo de vida que queremos viver. Amém!

Autor: Flávio da Cunha Guimarães

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BIBLIOGRAFIA


1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2014.

setembro 04, 2018

ARREPENDEI-VOS RAÇA DE VÍBORAS

ARREPENDEI-VOS RAÇA DE VÍBORAS
O sermão de João Batista tinha 5 pontos: Arrependei-vos V.1; Preparai V.3. O batismo por imersão fazia e faz parte do preparo; Endireitai V.3; Confessai V.6; e Produzi frutos dignos de arrependimento.

MAT. 3:1-8

Antes de falarmos de arrependimento, queremos esclarecer que o V.1 está entre os fatos da volta de Jesus Cristo do Egito, com mais ou menos 2 e 3 anos, Mat. 2:19-23 e a pregação de João Batista, o que dá um período de 27 anos mais ou menos entre os dois acontecimentos. Nesse período de 27 anos entre os fatos, Jesus Cristo viveu com sua família de maneira normal. Ia as festas regularmente em Jerusalém, andando 198 a 200 Km. Entre os dois acontecimentos temos o episódio de Jesus Cristo com os seus 12 anos discutindo com os doutores da Lei no Templo, Luc. 2:39-52.

João Batista, era primo de Jesus Cristo e mais velho do que o Senhor Jesus 6 meses. Diz o V.1 que João Batista apareceu pregando no deserto da Judeia. A ideia aqui, na língua original, é que ele pregava de maneira oficial e legal, porque era chamado, vocacionado e enviado pelo o Senhor Deus. Não era um embusteiro, mentiroso e falso pregador ou profeta como muitos pregadores em nossos dias. Ele apareceu, não de maneira repentina, do nada, de maneira misteriosa como se fosse um fantasma. O que o autor quer dizer é que João está dizendo é que ele era uma pessoa desconhecida e se tornou uma pessoa pública, notória e importante naquele momento. Pessoa pública, notória e importante que qualquer um de nós podemos ser. Podemos ser importantes, não para o mundo, mas no Reino do Senhor Jesus e na vida das pessoas de um modo geral. Onde você quer ser importante? João era importante porque ele tinha a missão de pregar o arrependimento para preparar o povo para a manifestação e o recebimento do Messias. Todos os pregadores do Evangelho do Senhor, de todos os tempos são importantes, porque além de anunciar a verdadeira mensagem de salvação que transforma vidas, contribuem para uma vida melhor de todos os que são salvos.

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Acessada em: 04/09/2018

O sermão de João Batista tinha 5 pontos: Arrependei-vos sem o qual ninguém está preparado para o batismo, V.1; Preparai V.3. Além do arrependimento é preciso o batismo por imersão o que fazia e faz parte do preparo. Endireitai pode ser chamado também de conversão, V.3. Confessai é de suma importância para andar em comunhão com Jeová e com os fiéis irmãos, V.6; e Produzi frutos dignos de arrependimento, que é a prova contundente de que houve arrependimento, conversão, confissão e e compromisso com o Senhor Deus.

PREPARAR QUEM E PARA QUÊ?

Preparar o povo para a chegada do Reino de Deus. O verbo preparai é um imperativo e de ação continua que significa preparar e continuar preparando enquanto aqui viver. Que Reino? Aqui vemos que Jesus Cristo é o Próprio Reino de Deus presente entre nós e em nós. O Próprio caminho... “é chegado o Reino Céus”. Mas como pregar arrependimento para quem não se acha pecador? Como preparar quem não quer ser preparado? Como endireitar quem não se acha andando torto? Como chamar alguém para a confissão se não se acha errado? Como produzirá frutos dignos de arrependimento quem acha-se produzindo todos os frutos para Deus? Todo esse preparo era para a chegado de Jesus Cristo que representava a chegada do Reino de Deus e sua implantação no coração de todos os que creem e aceitam Jesus como único e eterno salvador. Que chegaria, mas ainda não em sua totalidade e completamente. O que se dará completamente quando Jesus Cristo estiver reinando após vencer o anticristo.

Arrependei-vos. É um verbo imperativo que ordena uma mudança de pensamento, emocional, mental, nas práticas e costumes. É virar-se e voltar-se para trás ou no sentido contrário, o que é necessária para estar dentro do Reino de Deus. Arrependimento é uma mudança de atitudes para com as coisas de Deus e para com o Próprio Deus. A Mudança de atitude de rejeição das verdades divinas para a aceitação das mesmas. Arrependei-vos. Para que haja arrependimento é preciso que haja pregação. Para que haja pregação é preciso ter pregador comprometido com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. E para que haja pregador comprometido, é precioso que haja uma chamada divina, que haja resposta daquele que foi chamado/a, que o pregador seja um regenerado/a e salvo pelo sacrifício de Cristo na cruz.

É lamentável vermos pessoas se dizendo pregadores do Evangelho do Senhor, mas usando a palavra de Deus para o próprio benefício, como mercadoria e comercializando o que é icomercializável. Negociando a graça de Deus o que é inegociável. Isso é a forma que demonstra o menosprezo para com o Evangelho do senhor Jesus. É muito triste vermos pessoas que se dizem cristãs, mas não mudaram em nada as suas vidas. Não mudaram pensamentos, mente, práticas, costumes e não voltaram-se para Deus, continuam egoístas, individualistas, achando-se superiores até mesmo ao Senhor e antipáticas para com o seu próximo. João Batista em suas pregações estava convocando as vidas a mudanças radicais. Era a voz do que clamava no deserto. Que clamava em alta voz e gritava aos ouvidos daqueles que iam até ele para receber a profecia e o batismo mediante o arrependimento dos pecados. O que João Batista pregava era enfático e contundente que demonstrava a importância do arrependimento, do preparar-se para estar com Jesus no momento que Ele se revelasse ao mundo, como de fato se revelou, o que para isso era preciso endireitar o caminho, que é o mesmo que o endireitar a vida pessoal, bem como o confessar todos os pecados e erros, para produzir os frutos como prova de que houve uma conversão genuína e verdadeira, o que continua sendo verdadeiro ainda para os nossos dias.

O QUE É UM TANTO INTRIGANTE.

Nos diz o V.1 que o profeta estava pregando em um deserto. E quem estava no deserto para ouvi-lo? No deserto não havia quase ninguém que pudesse ouvi-lo. Mas os V.5-6 dizem que iam as multidões até ele. As pessoas caminhavam de 120 a 150 km, dependendo da rota que escolhiam para irem ouvir a João Batista e receberem o batismo por imersão nas águas do Jordão. A Rota mais comum era de 140 km que ligava Jerusalém e Judeia aonde o profeta estava. Aqui e em nossos dias, as pessoas vizinhas do templo, aquelas que estão mais distantes que não chagam a km, ainda que buscando de carro ou colocando transportes a disposição para buscar em casa, mesmo assim não vão para ouvir a mensagem e tem aqueles que ainda atrapalham quem quer ir à igreja. Atrapalham fazendo visitas em horários impróprios concorrendo com o horário do culto. Com conselhos desmotivadores para desistirem da igreja; e criando a maior confusão na hora que tem que sair para o culto com aqueles que estão prontos para irem. João não buscava ninguém em casa e não colocava transporte para eles. Nem pregava o que o povo queria ouvir como bênçãos, revelações, prosperidade, curas e milagres, a sua mensagem, pelo contrário, era o que o povo precisava ouvir e não o que queria ouvir.

AQUI DEPARAMOS COM DUAS QUESTÕES QUE DEVERIAM FAZER-NOS PENSAR:

1ª) Ou João Batista era um excelente pregador, e isso não temos dúvida, de maneira que atraia as multidões para ouvi-lo, o que eu e muitos pastores nesses dias não somos, pois não temos atraído multidões;

2ª) Ou as pessoas eram mais sedentas e atenciosas a Palavra de Deus, o que as pessoas hoje não são, pois mesmo colocando transporte gratuito na porta, não interessam ir ao templo para ouvir a mensagem do Evangelho do Senhor, e isso é verdade também.

Mas o que é intrigante é que as mensagens que pregamos, não tem atraído as pessoas para os templos, todavia analisando o conteúdo da mensagem do profeta, é praticamente o mesmo conteúdo e são iguais. João Batista pregava Arrependimento, mudança de vida, confissão, compromisso de viver uma vida com Deus e de justiça para com os homens. Esse era o conteúdo das mensagens de João! Por que que lá iam e aceitavam, aqui não vem e quando vem não aceitam? Será que foi porque passaram quase 400 anos sem profecia? E hoje tem profetadas de sobra por todo lado! Em cada bairro uma igrejinha, além do mau testemunho?! Seria por causa da multiplicação da ciência, tecnologia que atrai mais do que a velha mensagem do Senhor? Ou o que está acontecendo em nossos dias é o cumprimento das profecias Bíblicas? Daniel 12:4; Mat. 24:12; I Tim. 4:1-3 e II Tim. 3:1-5.

Hoje os templos estão cheios onde se prega aquilo que o povo quer ouvir: curas, bênçãos, prosperidade, revelações, emprego e sucesso financeiro, sem preço, sem renúncia, sem abandono da vida depravada e de rebeldia para com o Senhor. Onde se prega o que o povo precisa ouvir arrependimento, preparação, endireitar vidas, conversão, confissão, renúncia, reverência, respeito, submissão e prove que é cristão produzindo frutos dignos de um arrependido, essas igrejas estão com os seus templos quase vazios e com poucas pessoas. Diante disso muitos líderes estão aderindo as mensagens de prosperidade, bênçãos e revelações, porque é isso que as pessoas querem ouvir, para que não recebam o alcunho de ministérios mal sucedidos e que querem status e fazer sucesso.

João Batista pregava a mensagem de arrependimento V.1; de preparação V.3; de endireitar vida V.3; de confessar pecados V.6; e de produzir frutos dignos de arrependimento, e essa mensagem do profeta João tinha um agravante que era: “Raça de víboras...” V.7 que é serpentes venenosas. Essa mensagem, portanto, era um tanto ofensiva, pois a serpente é traiçoeira, dissimulada, venenosa e perigosa porque mata. Ser comparado/a a víboras era e é ofensivo. Você quer ser comparado com uma cobra? Essa mensagem era e é dura de ouvir-se. João Batista pregava a mensagem de confrontação de vidas pecaminosas com as verdades divinas, e é o que pregamos, mas lá ouvia-se, hoje ignora-se. Onde se prega aquilo que o povo quer ouvir: curas, bênçãos, prosperidade, revelações, emprego e sucesso financeiro, sem preço, sem renúncia, sem abandono da vida depravada e de rebeldia para com o Senhor, nem sempre há confrontação das vidas para com as verdades do Senhor reveladas em sua palavra, por isso os templos ficam cheios. Hoje há pouco ensino e muitas, mas muitas profetadas nessas igrejinhas.

A NECESSIDADE DE ENSINAR AS VERDADES BÍBLICAS

Entendemos que se não houvesse ninguém para nos ensinar as verdades bíblicas, mesmo assim não somos inocentes diante do Senhor Deus, a nossa consciência, os nossos instintos e a nossa inteligência são suficientes para fazerem com que busquemos toda a verdade de Deus revelada em sua Palavra. Todos os seres humanos normais, sabem que os erros trazem consequências danosas. O que não é diferente para os erros quanto a vida espiritual. Os danos nem sempre são nesta vida, mas na vida futura, ou seja, na vida pós morte que será no lago de fogo.

Portanto, a mensagem tem que ser a de João Batista: Arrependei-vos. Porque é somente através do arrependimento dos pecados que o homem encontra a salvação em Cristo Jesus e que saberemos se alguém passou pelo arrependimento, mudança e conversão genuína, produzindo os frutos que provam o arrependimento. É mediante os frutos produzidos, V.8 que saberemos se a pessoa está salva ou não, de acordo com o que o Senhor diz em Mat. 7:16,20 e Luc. 6:24.

Quais os frutos que precisamos produzir, além dos já postos acima que damos provas que estamos salvos? Fé, esperança, bom testemunho e o fruto do Espírito Santo, Gal. 5:22. As pessoas ao nos verem entendem de imediato que somos salvos? Vamos arrepender-se de nossos pecados, erros e falhas. Vamos nos preparar, endireitar, confessar e produzir os frutos que o Senhor espera de nós para termos a certeza que estamos dentro do Reino do Senhor e que o Reino de Deus está dentro de nós, isso é a garantia de nossa salvação.

Autor: Flávio da Cunha Guimarães

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Bibliografia

1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

3 - MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. Ed. Cultura Cristã, 2007, São Paulo, 460 p.

4 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: . Baixada em: 15 dez. 2014.

5 - RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Chave Linguística do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.

6 - SCHOLZ, Vilson e Roberto G. Bratcher. Novo Testamento Interlinear Grego – Português. 1ª Edição. Barueri, SBB, 2008, 979 p.

7 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.

8 - TAYLOR, William Carey. Introdução ao Estudo do Novo Testamento Grego: Dicionário. 6ª Edição. Rio de Janeiro, JUERP, 1980, 247 p.

julho 24, 2018

O SÁBADO CRISTÃO

O SÁBADO CRISTÃO
Há dois sábados: O judaico e o Cristão, a escolha é nossa qual vamos guardar.
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Acessada em: 25/07/2018

Podemos considerar que há dois sábados biblicamente falando: 1) O sábado judaico que era observado pelo judaísmo em cumprimento da Lei mosaica, que não precisamos guardar mais, pois o Senhor Jesus cumpriu toda a lei por nós, Mat. 5:17; Gal. 2:19. Rom. 13:10 e Mat. 22:37-40, mas que alguns grupos insistem que os cristãos têm que guardar o sábado para que sejam salvos, ensino esse dos judaizantes do tempo do Apóstolo Paulo em que ele combateu de maneira enfática. 2) E o sábado cristão que está incorporado no Cristianismo em que não estamos mais debaixo dos ensinamentos da Lei, mas debaixo dos princípios da graça salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo, Efes. 2:8-9. É nessa linha de pensamento que estaremos argumentando, inclusive fazendo um apanhado histórico na observância do sábado, no judaísmo e no cristianismo.

O SÁBADO NA HISTÓRIA: ANTES DO JUDAÍSMO

“Assim foram acabados os céus e a terra” Gên. 2:1. O assim acabara, que no hebraico é כָּלָה – kãlâ, (HARRIS, 2008, P. 719), que é a ligação da ideia em curso do capítulo um para o capitulo dois. O sentido da palavra hebraica acima é: Terminou e concluiu um processo sem defeito ou falha alguma. Terminou perfeito, inteiro e completo uma obra integrada e unida. O autor de Gênesis está transmitindo a ideia de que Deus deu por terminada a criação, porque não havia mais o que fazer ou criar, (Idem, 2008, P. 1701; 722; 1572 e 1647). Mas com isso não quer dizer, que Deus ao terminar de fazer e criar todas as coisas, Ele ficou parado, inapto e de braços cruzados. Não quer dizer também que Ele criou, abandonou e está ausente de sua criação como creem os deístas. Ele criou, continuou cuidando, preservando o que criou e recriando os homens em Cristo Jesus. O hebraico traz a ideia de que o Senhor criou com perfeição, em grande quantidade e plenitude, de maneira completa e perfeita a sua criação. A palavra exército, não é o exército de guerra e soldados, mas todo o ecossistema e tem a ideia de plenitude e de boa qualidade todas as coisas que foram criadas nos céus e na terra.

V. 2 – “Descansou”. O relato das Escrituras diz que o Senhor Deus terminou no sétimo dia e que no sétimo ele descansou. Isso aponto, não para um radicalismo na guarda do sábado de maneira inflexível, fundamentalista e legalista como querem alguns grupos, que escravizam as pessoas e faz delas inaptas nesse dia; mas o sábado foi separado para o uso sagrado, visando o descanso do homem que criaria para que esse dia fosse de glorificação a Deus por tudo o que criara de maneira perfeita. Logo, foi santificado para o uso da criatura e não do Criador. Depois de criar todas as coisas, de maneira perfeita, o Senhor Deus proclamou o descanso. O descanso do Senhor não foi porque Ele estivera cansado, mas porque terminara toda a sua obre de maneira perfeito, de modo que não havia oque acrescentar nem tirar do que criara. Descansou, não que o Senhor precisasse ou precise descansar, mas nós sim e para deixar como exemplo moral para o homem! Descanso esse que Ele quis deixar como normativo para o nosso descanso. Aponta também para a conclusão da obra e jamais para a inatividade do Senhor Deus, que de igual modo Jesus Cristo o fez por nós, após consumar a obra da salvação, ele assentou (Heb. 10:12), todavia, Ele continua governando todo o universo, sustentando, abençoando, suprindo as necessidade e protegendo os seus seguidores. Portanto, o descanso aqui não se refere somente um dia parado sem trabalhar, mas diz também do término de uma obra grande e perfeito.

Se a palavra hebraica para sábado é שָׁבַח – shãbat, (HARRIS, 2008, P.1520-1521), só vai aparecer em Êxodo 16:23, que significa parar de trabalhar, descansar e cessar as atividades; A palavra hebraica em Gênesis 2:2 é הנחה hanachah que significa um dia de descanso, que pode ser tipo um feriado, concessão de descanso e estabelecer o feriado e se refere a ação de Deus de maneira ativa na criação, em que Ele é o sujeito e o causador da ação, que consequentemente leva-nos a concluir, que sem o seu agir nada do que foi feito se fez. Logo, a Bíblia coloca como autor da criação do universo e tudo o que nele há sendo Deus. Cabe aqui uma interrogação: Deus precisa descansar? A resposta é não! A ideia não é que Deus descansou e continua descansando porque isso contraria o ensino sobre as atividades de Deus no contexto bíblico, João 5:17. Analisando a Bíblia como um todo, descobrimos que deus não precisa de descanso, nem descansou literalmente. O descanso é para beneficiar o homem. Quando o Senhor Jesus Cristo diz: “Até agora” significa que o Senhor Deus começou fazendo e criando todas as coisas, não parou de fazer e de criar e continuará cuidando e criando coisas novas. E nisso a ciência concorda com a Bíblia, visto que, ela afirma que o universo está em expansão ou em crescimento, bem como Deus continua criando novas criatura humanas em Seu Filho Jesus. Qual é a explicação para a palavra que diz que Deus descansou? Vamos descobrir do ponto de vista teológico. “Qual era o significado religioso do sábado e por que razão se requeria a sua guarda”, (HARRIS, 2008, P. 1522). Em Êxodo 23:12 e 31:15 dizem: “Seis dias farás os teus trabalhos mas ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o estrangeiro”. “Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer algum trabalho, certamente morrerá”. O descanso é necessário para o homem, para os animais de trabalho, para os escravos e para a terra no sétimo ano, não para Deus. O muito bom que o Senhor Deus disse em Gen. 1:31, não está se referindo ao clímax e ao ápice da criação, que é o homem, mas ao dia de descanso, o sétimo dia. “O sábado é, portanto, um convite ao regozijar-se com a criação de Deus e reconhecer a soberania divina sobre o nosso tempo”, (HARRIS 2008, P. 1522). É um dia separado pelo o Senhor para reverenciá-lo e adorá-lo por tudo o que Ele fez e é.

O SÁBADO NO JUDAÍSMO: OUTRO SENTIDO

Em Deut. 5:14-15 diz: “Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado”. O sábado tem uma finalidade social, humanitária para conceder um dia de descanso a quem trabalha sob as ordens de alguém, conforme o texto acima. Como escravos no Egito o povo não tinha direitos humanos. Agora em liberdade o tem, e em tendo devem descansar e dar descano para os que trabalhavam para os judeus. Direito esse que tem sido negligenciado até os nossos dias.

O princípio do descanso como mandamento coloca todos os homens iguais diante de Deus. Há aqueles que Perguntarão: Você guarda o sábado? O Pr. Ely Xavier de Barros, em estudo ministrado a PIB em Araçatuba SP, que tem como título: Por que não guardamos o sábado? Ele argumenta: Pode existir um “sábado” sem que exista esse nome no calendário?

- A palavra “Sábado” não é uma expressão de nossa língua, mas é a Transliteração do vocábulo hebraico “Shabat” que significa: “DESCANSO ou CESSAÇÃO”.

- Tanto é que a Bíblia na versão espanhola de Casiodoro de Reina, (1569), traz o seguinte texto: “Lembra-te do dia de descanso para santificá-lo”.

- Analisando o texto que se encontra em Gên. 2:3, que diz: “Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera”. Podemos fazer duas observações importantes:

A – Certamente que o sétimo dia a que se refere o escritor sacro não é o mesmo sétimo dia do nosso calendário, nem do calendário dos judeus no passado e, de nenhum outro povo sobre a face da terra, uma vez que na criação nem calendário existia. A Ciência afirma que os dias da criação não são de 24h como foi observado no capítulo um de Gênesis, visto que o hebraico dá base para período e eras sobre a criação.

B – A expressão que é utilizada no hebraico e é traduzida por “descansou” é derivada de “Shabat”. Esta expressão passou a existir como um dia no calendário do povo hebreu exatamente por causa do mandamento divino de se guardar um dia para descanso, e o calendário hebreu só começou a existir quando o povo saiu do Egito, Êxodo 12:1-2. Portanto, pergunta-se: “Qual o dia de descanso que Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José e Moisés guardaram? Certamente que não era o do calendário judeu que nem existia ainda, mas guardavam um “Shabat”, ou seja, um Dia de Descanso!

O próprio Senhor Jesus mudou o dia de descanso dos cristãos para o Primeiro Dia da Semana: Não resta qualquer dúvida que a palavra “sábado” significa “descanso” e que para o cristão o “Dia de Descanso” ficou sendo designado no Primeiro dia da Semana do nosso calendário, ou seja, o “domingo”. Veja o fundamento para isso:

A – A fundamental razão é que Cristo ressuscitou no domingo, João 20:1;


B – Cristo apareceu aos discípulos no Domingo, João 20:19;

C – Os Apóstolos estavam “reunidos”, (ideia de culto) no domingo. O texto chama atenção para esse dia, João 20:19;

D – Outra aparição de Jesus aos Discípulos se deu num Domingo, João 20:26, a expressão grega significa “de domingo a domingo” e nesse dia os Discípulos também estavam “reunidos” para o culto;

E – A descida do Espírito Santo se dá também no Domingo, Atos 2:1, O dia de Pentecostes era o quinquagésimo dia depois da Páscoa, ou seja, sete sábados perfazem 49 dias e o quinquagésimo, é óbvio, cai num domingo;

F – É num Domingo que a Igreja prega seu primeiro sermão público, Atos 2:14;

G – É num Domingo que a Igreja celebrou seus primeiros batismos, At. 2:41;

H – A Igreja Primitiva se reunia no Domingo, Atos 20:7;

I – A Igreja Primitiva celebrava a Ceia do Senhor no Domingo, At. 20:7 e I Cor. 16:2; e,

J – Jesus não guardou o Sábado, João 20:16.
p> O SÁBADO CRISTÃO

Queremos dar o nosso ponto de vista da seguinte maneira: Primeiro: Analisando Isaías 66:23, podemos entender três coisas:


I – A ênfase está na adoração, e não no dia da Adoração. Não está no dia, pois de lua nova para lua nova não coincide com sábado;

II – Todos os dias são dias do Senhor e de adoração a Cristo;

III – O Apóstolo Paulo é enfático quando em Rom. 14:5-10 deixa claro que o Dia do Senhor, de Descanso e de Adoração vai depender da compreensão e convicção de cada um e que não há lugar para ficarmos julgando uns aos outros. Guardar o sábado metódica e ritualisticamente é estar ainda debaixo da Lei e Paulo em (Rom. 3:20) diz que a lei não justifica a ninguém, mas cristo sim! Paulo é radical em Col. 2:16,18,21,23. Guardar o sábado como querem alguns é voltar ao legalismo da lei, mas Paulo está defendendo o viver pela graça; e graça envolve amor. O cumprimento da lei está em uma única palavra: “Amar”, é o que Paulo diz em (Gal. 5:14; II Cor. 3:14; Rom. 13:10 e 10:4). Guardar o sábado para o Apóstolo Paulo era uma questão de ótica e não de dia.

IV – Não precisamos guardar o sábado ou cumprir a lei, pois de acordo com (Mat. 5:17) Jesus Cristo já cumpriu por nós e manda tão somente amá-lo de todo o coração e ao próximo como a mim mesmo.

V – Não podemos deixar de analisar o texto de (Mar. 2:27-28) fazendo as seguintes perguntas: Quem foi feito por causa de quem? O sábado foi feito por causo do homem ou o homem por causa do sábado? Quem é maior e mais importante? Diz o (V.28) que Jesus é Senhor até do sábado, logo, Ele pode mudá-lo ou fazer dele o que quiser.

VI – Os que perguntam se estamos guardando o sábado é que não estão guardando nem cumprindo a lei. Vejamos o que nos diz João 7:19: Jesus Cristo diz que ninguém cumpre a lei, logo dependemos da misericórdia do Senhor. Não cumprem porque em Ex. 20:9 Deus manda o povo trabalhar 6 dias e no 7º dia descansar. Quantos dias os apegados ao sábado trabalham na semana? Só cinco, de segunda a sexta; mas a Bíblia manda trabalhar seis e descansar no 7º dia. Analisando este mandamento quem na verdade está cumprindo a lei, os defensores do sábado como dia da semana ou os demais? Trabalhamos 6 dias e descansos no 7º dia, no domingo.

VII – Por que passaram reunir-se no Domingo? Porque o Senhor Jesus ressuscitou no Domingo, (Mat. 28:1; Marcos 16:2; Luc. 23:56 e João 20:1); Porque o Senhor Jesus apareceu aos discípulos e estavam reunidos para a adoração no Primeiro Dia da Semana, (Mar. 16:9; Luc. 24:13,36 e Jo. 20:19,26); e, porque o Deus Pai é o Senhor da Criação, estabeleceu o Sábado como o Dia de Descanso do trabalho e da libertação da escravidão de seu povo do Egito, Gen. 2:2 e Deut. 12:9 e Jos. 21:44. Jesus Cristo é o Senhor do Sábado, o sustentador da Criação, o Senhor da redenção, o libertador da escrevidão do pecado, do Diabo e da morte; ele estabeleceu o Domingo como o seu dia de descanso da escravidão do pecado e da morte, vencendo-a ao ressuscitar. Além disso, Mat. 28:18 diz que todo o Poder foi dado a Jesus Cristo, no céu e na terra. Se todo o poder foi dado a Ele, cabe a Ele estabelecer o dia de descanso e de adoração que Ele quiser. E foi o que Ele fez com o Domingo.

VIII – Pergunta-se: Sendo os discípulos de Cristo judeus acostumados, treinados e aprenderam desde crianças que o dia do Senhor, de descanso e de adoração, sendo o sábado, por que haveriam de reunir-se no primeiro dia da semana, para a adoração, como ficou comprovado acima através dos textos? A resposta é: Compreenderam que o dia do Senhor é o primeiro dia da semana, isto é, o domingo, em que o Senhor ressuscitou. “Deus descansou, não porque estivesse cansado, mas porque cessou sua obra criadora; mas não descansou da obra governadora, nem da obra providencial”, (MESQUITA, 1979, P. 93).

O homem deve descansar de três maneiras: A) Física; B) Moral e C) Espiritual. Deus descansou para que o homem descanse também. Quando não descansamos, produzimos menos e morremos mais cedo. O dia de descanso é dia para o culto e para a comunhão com o Senhor Deus. A falta de culto, de temor ao Senhor e de espiritualidade causa o embrutecimento do ser humano em todas as áreas vitais de sua vida. A falta dos mesmos abrem partas para a imoralidade e embrutecimento do espírito humano, e estes, abrem brechas para a violência brutal e atitudes irracionais. Um dos objetivos deste estudo está em Efes. 4:14-15 para que não sejamos meninos no entendimento das coisas de Deus.

DEUS ABENÇOOU 2:3

Abençoar no hebraico, בָרַךּ - bārāk, Harris, (2008), p. 220 é “Abençoar no AT quer dizer ‘conceder poder para alcançar sucesso, prosperidade, fecundidade, longevidade, etc”’. O Senhor Deus separou o dia sétimo para que o homem reconhecesse a bondade do Senhor mediante o culto a Ele e não a criação, ainda que ela era perfeita. A bênção vem do maior para o menor. Do pai para os filhos, Gên. 49. Dos irmãos para as irmãs, Gên. 24:60. No entanto, precisamos entender que Deus é sempre a fonte de bênçãos. A pessoa só pode abençoar se estiver abençoada por Deus. Ela será apenas o canal da bênção do Senhor para as vidas que estão abaixo de sua autoridade dada por Deus. Quem está com a vida torta com o Senhor não pode abençoar, Mal. 2:2 e nem ser abençoado(a), Deut. 28. Querem um exemplo bíblico? A bênção arônica, era uma oração que invocava a presença, a graça e o poder do Senhor Deus mediante o culto a Ele, Num. 6:22-27.

SANTIFICOU

Bênção e santificação, santificação e bênção andam juntas. Se o sábado podia ser santificado é porque já tinha sido abençoado e foi abençoado porque tinha sido santificado. Mas antes do Senhor santificar o sábado, maior do que o sábado é o homem que foi santificado primeiro. O sábado foi santificado por causa do homem e não o homem por causo do sábado, Marc. 2:23-28. A palavra hebraica para santificou é: קָדַשׁ - qādash, Harris, (2008), p. 1320 e ele diz que tem o sentido de “ser consagrado”, “ser santo” e “dedicar”. Ser consagrado por quem e para quem? Dedicar o que e para quem? O que traz a ideia de separado ou escolhido por Deus e para Deus para os fins que Ele designar. O substantivo, porém, no hebraico, קׄדֶשׁ - qōdesh, (Idem, p. 1321), significa “separação”, “sagrado” e “santo”. A ideia de ambas as palavras hebraicas é a santidade e o sagrado; daí que forma a distinção ou contraste com o que é comum e profano, o que a palavra hebraica הׄל – hôl (HARRIS, 2008, P.471) descreve como lugares ou coisas não sagradas e santificadas, Lev. 10:10; Ezeq. 22:26 e 44:23. Santificar, portanto, é separar de, para Deus. É “estar limpo”, “ser puro”, “estar/ser consagrado”, “dedicado ao Senhor”, (HARRIS, 2008, P. 1321). O senhor separou esse dia e santificou-o para Si mesmo, para que através dele o ser humano parasse as atividades seculares, corriqueiras e diárias para adorar o Todo-Poderoso. Esse dia é um convite para que o homem possa confessar o Senhorio de Deus Criador como o seu Senhor e consagrar a Ele o que tem e são. Quando falamos da santidade de Deus tem que ver essa santidade com bastante temor, pois é como se estivesse referindo-se ao próprio nome de Deus, que é santo. Santidade, portanto, é uma das essências do Senhor Jeová. A santidade de Deus se refere ao seu caráter como sendo totalmente bom e sem mal algum. Tanto a Bíblia quanto a religião judaica e o Cristianismo, fazem distinção clara quanto o que é santo e o que é profano em Num. 18:32. Por outro lado, o sagrado estava e está dentro do mundo profano, mas o que é profano não pode estar dentro do sagrado. O sagrado continua sagrado desde que se mantiver puro e sem contaminação. O culto exigia e ainda exige santidade daqueles que cultuavam e cultuam, I Ped. 1:15-16, o que é necessário ainda hoje. Deus por ser santo, Ele está acima de toda a criação, inclusive do homem, ainda que seja a imagem e semelhança do criador, daí que Ele pode trazer livramento para o seu povo, Ex. 15:11-12. Só os santos habitarão no monte de Deus, Sal. 15:1. Só os santos verão ao Senhor, Heb. 12:14 e daí se depreende que só estarão na presença do Senhor Jeová nesta vida aqui e na futura os santificados. Essa santidade traz segurança, pois Sendo Jeová santo, podemos confiar em suas providências e promessas, Sal. 33:21. As variações da palavra para santificar, no hebraico, bem como no grego: ʹάγιος – hagios, vão desde o lugar santo para o culto, que era o Tabernáculo, o templo e lugar santo dos santos, que para nós pode ser o templo, onde a igreja reúne-se, nossas casas e o mais importante, as nossas vidas que é o templo do Espírito Santo e é o que nos diz I Coríntios 6:19, ou juramentos e votos que fazemos, com um detalhe: O mais importante não é o local, mas as vidas humanas santificadas ao Senhor Jesus, (BROWN, 1983, P. 364-376). Em se tratando de santificação: Como estão as nossas vidas diante do Senhor? Separemos um dia para estar na presença do Senhor Jeová lendo a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada; estudando-a; meditando NELA; ouvindo-a no culto no templo e praticando-a em nossas vidas diárias? Podemos dizer amém?.

Autor: Flávio da Cunha Guimarães
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