julho 25, 2016

ALEGRIA A QUALQUER CUSTO!

ALEGRIA A QUALQUER CUSTO!

FIL. 4:4-7

Pastor Flavio da Cunha Guimarães

Temos a plena consciência que estar alegre vinte e quatro horas por dia, todos os doas, não é tarefa fácil, principalmente diante de tantas provações, provocações, tentações e sofrimentos diante dos vícios que tem dominado a vida de nossos entes queridos, e, diante das inquietações, das agitações políticas, econômicas, religiosas, espirituais, comportamentais em que a violência está aí ceifando dezenas de vidas por dia, que tem causado uma tristeza profunda e devastado o interior nosso, a alma de centenas de milhares de pessoas pelo mundo afora. O cenário mundial, a começar pelo nosso país, é caótico, tenebroso e de uma tristeza sem fim, pois quanto mais as autoridades se reúnem para discutir soluções, mais difícil a situação fica. Sabem porquê? Porque Deus não faz parte das discussões das soluções. Deus está excluído da agenda dos líderes mundiais, dos políticos há décadas. Toda essa situação em que estamos vivendo, é porque Deus está distante da vida do povo em geral. Onde Deus está ausente predomina a idolatria, a depravação humana, a violência devastadora, o terrorismo, a prostituição, a degradação do ser humano, ao ponto em que chegamos que está insuportável. Já não dá mais para aguentar tamanha anarquia que estamos vivendo. Mas o texto citado acima começa no (V.4) dizendo: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos”. Fazendo uma análise rápida, na língua original, descobrimos que o tempo do verbo está no imperativo ativo e é um mandamento. Portanto, se é um imperativo é uma ordem. E ordem se cumpre ou sofre as consequências. Sendo mandamento ou obedecemos ou estamos negligenciando. Se é ativo significa que tem a nossa participação direta, habitual, constante, sempre e a nossa ação para alegrarmos e regozijarmos. A repetição quanto ao regozijar é para reforçar a ideias porque o Apóstolo Paulo sabia que essa alegria era e é possível, ainda que estejamos em situação que não seja favorável, em conflito, em adversidade, em provações visto que a alegria não depende de circunstâncias favoráveis e externas, mas depende de uma vida com o Senhor Jesus Cristo. O Apóstolo Paulo mesmo deu o exemplo de alegria na adversidade na cidade de Filipos quando lá esteve, foi acusado injustamente, apanhou, foi preso e amarrado em um tronco, mas cantava e orava à meia noite com Silas, de modo que todos os presos os escutavam e percebiam a alegria deles, o que lemos em (Atos 16:12-31). O Apóstolo Paulo expressou a sua alegria apesar das perseguições, prisões, chicotadas e ameaça de morte o que vemos em (Fil. 1:4,18 e 2:17), bem como se interessava no gozo, na alegria e na fé de seus leitores como vemos em (Fil. 1:25 e 2:28). Quando no (V.4) ele diz da alegria, ele não só quer dar ênfase quanto a importância da alegria, como destacar que é a alegria que é fruto do Espírito Santo e não a tristeza, (Gal. 5:22). João Pennisi, (1978), p. 103, diz: “O céu é lugar de júbilo (Lc. 15:4,10,32) e de bem-aventurança (Ap. 21:4; 22:14). O reino de Deus nesta terra é também um reino de alegria (Rom. 5:2,11; 14:17). O verdadeiro Cristianismo não é uma religião sombria e os verdadeiros cristãos não são pessimistas, infelizes, amargos ou desesperados. Portanto, alegremo-nos”.

I – A FONTE DA ALEGRIA DO CRISTÃO (4:4).

Se a alegria do cristão está em Cristo, a do não cristão está nos prazeres, desejos e vontade da carne. Daí que podemos afirmar que a alegria dos não cristãos é passageira e momentânea, precisando a cada dia de alguma coisa nova e externa para se criar nova alegria, pois que a sua alegria não é duradoura. Já a alegria do verdadeiro crente ela é constante e dura para sempre, porque não está baseada em fatos externos e físicos, mas vem de dentro para fora, visto que Jesus Cristo é que nos garante essa alegria perene. Através de Jesus Cristo temos a reconciliação com Deus Pai (Rom. 5:11). Temos a esperança firme e inabalável (Rom. 5:2). Temos o Espírito Santo dentro de nós (Jo. 16:7; Rom. 14:17 e 15:13). Podemos orar e desfrutarmos do poder da oração (Jo. 16:24). Todas essas coisas são fontes de alegria. A alegria faz bem para a saúde e contribui para uma vida longínqua. A nossa felicidade cristã não depende de circunstâncias físicas, muito menos dos recursos materiais, mas da íntima comunhão com o Senhor Jesus. Motivos para tristeza não faltou para os crentes filipenses como ameaças pelos adversários (Fil. 1:28), como não tem faltado para os crentes nos dias atuais. Conviviam em meio a uma geração corrupta e perversa (Fil. 2:15), como nós convivemos também. Foram persuadidos pela falsa circuncisão (Fil. 3:2), bem como os que se declararam inimigos da cruz (Fil. 3:18). Mesmo diante de tudo isso o Apóstolo Paulo convidou-os a se alegrarem no Senhor Jesus.

II – COMO SE OBTER A ALEGRIA? (FIL. 4:5-7)

O nosso comportamento, os nossos pensamentos e nossas atitudes demonstram, negam ou influenciam em nossa alegria. Neste texto o Apóstolo Paulo oferece ótimas sugestões que contribuem para a alegria do crente...

A –SENDO MODERADOS E CLEMENTES (FIL. 4:5). A palavra usado pelo Apóstolo para moderado no grega é (ἐπεικές = epeiqués), quer dizer que devemos ser razoáveis em nossas opiniões e julgamentos. Rienecker, (1985), p. 415, diz que: “A palavra denota uma firmeza paciente e humilde, capaz de submeter-se a injustiças, desgraças e maus tratos, sem ódio ou maldade, confiando em Deus a despeito de tudo”, porque o Senhor tem conhecimento, percebe e sabe de tudo. Oh, meu Deus! O quanto precisamos aprender de Ti, de tua Palavra e com o exemplo do Senhor Jesus Cristo! Se Deus está perto, próximo é sabedor de todas as coisas. Uma pessoa moderada é de espírito magnânimo, capaz de superar as ofensas com espírito paciente, de mansidão que não luta insistentemente pelos seus direitos, mas confia-os ao Senhor. A pessoa moderada cede seus direitos a outra pessoa porque não quer ser egoísta, vingativa ou severa. O crente moderado sacrifica seus interesses para viver em paz com as pessoas, consigo mesmo e com o Senhor, tendo como inspiração Jesus Cristo e como exemplo supremo (II Cor. 10:1). Aí está o segredo da alegria do crente. Onde há alegria não há espeça para a ansiedade. Como estamos precisando dessa atitude no mundo atual e dentro das igrejas predominados de pessoas tão egoístas, interesseiras e exploradoras que querem levar vantagem em tudo! Quanta falta de paciência e clemência! Estamos precisando de pessoas dispostas a não transgredirem princípios morais, a fé e que sejam benevolentes em suas opiniões e prontas a perdoarem os erros uns dos outros porque tem uma visão global do Reino do Senhor Jesus. O Apóstolo Paulo demonstrou moderação em (I Cor. 9:6-14), quando dispensou o seu direito de ser sustentado pelos crentes daquela igreja de coração duro. Quem usa de moderação em seus julgamentos será julgado com a mesma moderação pelo o Senhor (Mat. 7:1-2).

B – MODERAÇÃO DIANTE DOS HOMENS PARA QUE SEJA CONHECIDA POR TODOS OS HOMENS (FIL. 4:5). O verdadeiro crente não procura a glória dos homens para si, de maneira que cause má impressão nos outros; pelo contrário, ele quer ser boa influência para o bem dos outros como vemos em (Mat. 5:16; Rom. 12:17 e I Tim. 3:7).

C – O CRENTE VERDADEIRO QUER SER MODERADO PORQUE ELE TEM A CONSCIÊNCIA QUE PERTO ESTÁ O SENHOR (FIL. 4:5). Perto pela onipresença. Perto na pessoa do Filho de Deus, o Deus encarnado, o Deus homem. Perto através do Espirito Santo que habita nos salvos (Rom. 8:9 e I Cor. 3:16). Perto na volta do Senhor Jesus para ressuscitar e arrebatar os salvos, quando habitaremos com o Senhor Jesus (II Cor. 5:8 e ap. 21:3. E, perto quando estaremos morando com o Senhor no Novo Céu e Nova Terra (Ap. 21:1-7), o que traz a esperança. Mas o sentido principal de “perto está o Senhor”, é estar preparado(a) para a volta de Jesus Cristo, porque a qualquer momento Ele voltará para julgar, vingar, abençoar e recompensar os que foram moderados, ou nós partiremos desta vida e não haverá tempo de ser moderado. Logo, o crente precisa ser moderado todos os dias com alegria.

III – RAZÕES PARA NÃO ANDARMOS ANSIOSOS (Fil. 4:6-7)

Ser ansioso(a), ou inquietos dependendo da versão, que no grego é (μεριμνᾶτε = merimnáte) em que o verbo está no tempo presente, imperativo e ativo. Se é ativo, isso significa que a pessoa ansiosa está provocando a ação e sofrendo-a. Isto é, ela está bebendo de seu próprio veneno. A raiz do verbo grego que é (μέριμνα = mérimna), indica que a pessoa tem uma mente dividida. Preocupada consigo mesma. A mente e pensamentos ocupados com as peripécias da vida, o que estará no lugar em que o Senhor é quem deveria estar ocupando. Portanto, o que leva uma pessoa a ficar ansiosa ocupa o lugar que deveria ser de Jeová, (MOULTON, 2007, P. 275). Logo, a ansiedade é incompatível para com o crente e para com a confiança que temos em Deus (Mat. 6:25). Daí que o Apóstolo recomenda que até a ansiedade deve ser apresentada a Deus em oração e não somente as petições de outros gêneros, porque a ansiedade arruína a alegria. Pennisi, (1978), p. 104, diz que: “A preocupação desesperada toma conta do estado mental e transforma a tranquilidade em tortura”. Tem aqueles que ficam ansiosos por coisas sem importância, triviais e dominados pela ansiedade ficam neutralizados reclamando dos outros e da vida. O exemplo melhor para isso é o da Marta o que está em (Luc. 10:38-42). Quando o Apóstolo Paulo diz que não é para estar ansioso(a) por coisa alguma, isso incluem as grandes e pequenas, a vida dos outros, dos entes queridos e a nossa. Jesus Cristo chamou a ansiedade de pouca fé em (Mat. 6:30). Quando o Apóstolo Paulo escreveu a igreja em Filipos, ele estava preso em Roma sujeito a condenação à morte, mas a igreja que recebeu a carta estava sendo perseguida, enfrentando inimigos dentro e fora da igreja, motivos suficientes para instalar a ansiedade. Todavia, o Apóstolo não queria que os crentes fossem derrotados pela angústia, seja por que causa for. Pennisi, (1978), p. 105, faz a seguinte citação em que ele não indicou o autor: “A ansiedade jamais restaurou uma vida, jamais devolveu a saúde, jamais pagou uma dívida, jamais resolveu um problema”. Para pensar nisso! Quanta verdade nessas palavras! A ansiedade é um veneno que mata a capacidade de tratar as dificuldades e dificulta o alimento espiritual na Palavra e advindo do Próprio Senhor Jesus. A ansiedade é uma péssima conselheira para a vida profissional, matrimonial, espiritual, para a saúde e alegria, pois contribui diretamente para decisões repentinas e precipitadas que só trazem tristeza.

IV – QUAL É O REMÉDIO PARA A ANSIEDADE QUE AFETA DIRETAMENTE A ALEGRIA? (FIL. 4:6).

A oração. O comentarista da Bíblia de Estudo de Genebra, (1999), p. 1418, diz que as petições pela oração e súplicas, com ações de graças são quatro termos que o Apóstolo Paulo usou, todavia, sem a intenção de distinguir quatro estilos diferentes de orações, mas ele queria dar ênfase quanto a importância na prática da oração na vida do cristão. Fazer os pedidos, ao Senhor Jesus, em oração, alivia a ansiedade (I Ped. 5:7). Em fazendo com ações de graças, que é com alegria é o antídoto para combater as preocupações. As petições devem ser de uma necessidade específica, como vemos em (Ef. 6:18), que vem da palavra grega (δέησις = deesis) que vem da raiz (δέω = deo) que traz a ideia de amarrar, atar, obstruir e impedir, (MOULTON, 2007, P.95). Logo, a petição a Deus será legal, viável e aceita se o pedido traz algum embaraço na vida das pessoas para com o Senhor Deus, em que só Ele poderá desimpedir ou desembaraçar. Assim sendo, percebemos que a maior parte das petições dirigidas ao Senhor Deus Pai que tudo responde, não tem razão de ser, pois não trazem nenhum embaraço da pessoa para com Deus. Todavia, como as orações não são só de petições, mas de ações de graças também, então vamos analisar a palavra grega (εὺχαριστία = eucaristia), que é a ação de graças ou gratidão. O que é agradável e prazeroso ao Senhor Jesus. O ser agradecido diante dos benefícios recebidos. E Rienecker, (1985), p. 415, diz que: “Expressa aquilo que nunca deve estar ausente de qualquer de nossas devoções, a saber, o grato reconhecimento das misericórdias passadas, algo bem distinto da preocupação ansiosa pelo futuro”. Em última análise, tudo em nossas vidas são motivos de orações, sejam de petições ou de ações de graças.

A – A ORAÇÃO EM TUDO. ISSO INCLUI TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS E TODOS OS PROBLEMAS. ORAR SEM CESSAR (I TES. 5:17). Orar sem reservas, sem hesitação que é abrindo o coração para Deus e compartilhando tudo tintinho, por tintinho! Pedir tudo para o Senhor Jesus para aliviar a dor, as preocupações reais e não imaginação ou fantasia, é o tipo de oração que descarrega o coração e a consciência, que por sua vez traz a alegria que brota de dentro para fora.

B – A ORAÇÃO DIRETA A DEUS (FIL. 4:6). Tem tanta gente enganada orando a intermediários mortos em que as religiões ensinam e a espíritos enganadores. Se a moderação é para ser conhecida pelos homens, (Fil. 4:5), as orações devem ser conhecidas por Deus (Fil. 4:6). Pennisi, (1978), p. 105 diz que: “Se alguém com ‘humildade’ achar que é insignificante demais para chegar a Deus com a sua oração, deve prestar atenção à exortação de Paulo em 4:6 e a passagens como Hebreus 4:15-16 e Mateus 6:9. Deve ter mais confiança na compaixão e no entendimento do Pai Celestial do que em qualquer morto, santo ou espírito (I Jo. 5:14). Ele nos ouve! A oração dirigida a qualquer outro é idolatria”.

C – ORANDO DE MANEIRAS DIFERENTES (FIL. 4:6).

Aqui devemos destacar que o Comentarista da Bíblia de Estudo de Genebra defende que só há duas maneiras de orações no texto em estudo: Petições e ações de graças, enquanto Pennisi pensa de maneira diferente em que há quatro tipos de orações em que destacaremos a seguir.


1 – A oração de petição que significa também solicitação que precisa ser específica e bem definida. Tem aqueles que fazem rodeios, floreiam, falam e falam e não dizem nada de interessante para Deus. Deus já sabe de antemão o que vamos pedir, todavia, Ele quer que sejamos específicos, que falemos a verdade e com sinceridade, dando nome ao que vamos pedir ou confessarmos.

2 – A oração devocional que devota ao Senhor os atributos sem restrições ao que Jeová é. Sem formalidade, decoradas e recitadas. As orações devocionais devem ser um momento particular, íntimo da pessoa com o Senhor em que ela devota a sua vida aos pés do Senhor, rendida em busca da santificação, como vemos em (Mar. 14:36; Jo. 11:41-42 e 17:1-26). Podemos orar o “Pai Nosso” decorado? Sim! Mas não ficarmos só com ele. O Senhor Jesus quer que oremos de maneira espontânea, livres e desimpedidos compartilhando sentimentos, seja qual for.

3 – A oração de súplica (Fil. 4:6). Súplica de acordo com o dicionário Aurélio é: O “Ato ou efeito de suplicar [...} Pedido [...] prece”. Súplica podemos dizer que é sinônimo de petição que é dirigida a Deus sem formalidade. É rasgar, abrir o coração diante do Senhor Jesus. Implorar o favor de Deus em prol de si ou de alguém que está em sofrimento.

4 – A oração com ações de graças (Fil. 4:6), é aquela que reconhece o que o Senhor Deus é e tudo o que Ele faz por nós, daí a gratidão. Ao conversarmos com Deus deve ser com a graça do Senhor e com as pessoas devemos transmitir graça em nossas palavras, (Ef. 5:3 e Jo. 1:16). Gratidão em tudo (I Tes. 5:18), em todas as circunstâncias, nos momentos felizes, de tristeza, de sofrimento e de lágrimas também, pois em tudo dai graças é a recomendação da Palavra de Deus. A oração ajuda a melhorar a nossa confiança, principalmente quando há o reconhecimento que somos sustentados pelo o Senhor Jeová.

V – OS RESULTADOS DE VIVERMOS EM ALEGRIA A QUALQUER CUSTO (FIL. 4:7)

1 – A PAZ. A paz completa. A paz em abundância. A paz eterna. A paz em meio as tribulações, sofrimentos e dor. A paz que tranquiliza a alma que está triste, abatida e perturbada. A paz que promove o sono tranquilo (Sal. 4:8). A paz que acrescenta anos de vida a quem vive a alegria no Senhor (Sal. 122:1 e Prov. 3:2).

2 – A ORIGEM DA PAZ (FIL. 4:7). Deus é a fonte de toda paz. Paz que estanca a violência brutal e sem piedade e cessar a guerra. A paz que não se consegue pelo poder econômico; não se consegue pelo conhecimento humano; nem pelas riquezas, mas somente em Cristo Jesus, (Is. 26:3 e Jo. 14:27 “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

3 - QUE TIPO DE PAZ? A paz que excede a todo o entendimento (Fil.4:7). A paz que pensamos, que queremos como cansados de lutar, de esforços tremendos sem resultados, de dificuldades, de problemas muito difíceis e quase impossíveis. De responsabilidades que fazem parte e é normal as nossas vidas diárias que queremos nos livrar, essa paz não é bíblica, diz (PENNISI, 1978, P. 107). A paz que Deus nos dá é diferente, está além da nossa compreensão. Essa paz tranquiliza, faz viver uma vida serena em meio aos problemas e até guerras. Não conseguimos alcançá-la por nós mesmos, sozinhos com nossos planos e esforços, mas somente com a ajuda do Senhor em habitando em nós.

4 – ESSA PAZ OFERECE ALEGRIA E PROTEÇÃO (FIL. 4:7). Ela nos guardará de pensamentos e sentimentos maus. Guardará as nossas vidas e saúde (Tia. 5:14-15). Guardará os nossos corações. Coração naquele tempo era a sede para todas as faculdades humanas, sentimentos, emoções e inteligência (Rom. 9:2). Sede da vida espiritual, da condição moral e religiosa. Mente incluía pensamentos, propósitos e desígnios da nossa vida, mesmo que tenhamos que enfrentar os espinhos da carne, (II Cor. 12:7-10), como o Apóstolo Paulo enfrentou. Estevão enfrentou o apedrejamento (At. 7:54-60). Ou mesmo a cruz como o Senhor Jesus Cristo enfrentou em serena paz guiando o coração e mente. O coração fala do homem interior e de sua essência.


5 – A CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA DESFRUTARMOS A PAZ (FIL. 4:7). Somente em Jesus Cristo há essa paz tranquilizadora. Somente a salvação em Cristo Jesus promoverá a paz interior e nos manterá firmes nos propósitos do Senhor para nós. Pennisi, 1978, p. 108 diz: “Em vez de ficarmos ansiosos devemos orar para receber a paz de Deus que será concedida se estivermos em comunhão e união espiritual com Cristo. Quem é membro do se corpo, ramo na sua videira e pedra na edifício espiritual, tem a promessa da ajuda divina. Ninguém pode servir os próprios apetites ou as delicias enganadoras de Satanás e ao mesmo tempo esperar receber a paz e a proteção de Cristo”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Sabemos que há determinados momentos que para mantermos a alegria plena é quase impossível. Temos a consciência que diante de alguns fatos a alegria fugirá, mas que seja por pouco tempo, como foi o caso do Senhor Jesus, no Jardim do Getsêmane (Mat. 26:37-38), durou apenas três ou quatro dias; ou seja, da noite em que foi traído até a sua ressurreição. É com um coração agradecido que continuaremos vivendo a nossa fé independente do que o mundo faz, crê, pratica e que situação estejamos vivendo. Vivendo a nossa vida moderada com fé, as quais promoverão a paz que nos traz uma vida alegre e muito feliz em Cristo Jesus. "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória", (Judas 1:24)

Bibliografia:

1 – BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 1978, 665 p.

2 – JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

3 – MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. 1ª Ed. Ed. Cultura Cristã, São Paulo, 2007, 460 p.

4 – OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

5 – PENNISI, João. O Livro de Filipenses. 1ª Ed. Editora Vida Cristã, São Paulo, 1978, 134 p.

6 – RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Cheve Linguistica do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1ª Ed. Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 1985, 639 p.

7 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, 929 p, A T.

julho 12, 2016

UMA VISÃO PRA LÁ DE ESPECIAL

UMA VISÃO PRA LÁ DE ESPECIAL

Pastor Flávio da Cunha Guimarães

Êxodo 3:1-9

Em nossos dias se fala e se dá uma ênfase tão grande, quanto as visões e revelações nas igreja pentecostais e neo pentecostais, que dá a sensação de que as visão e revelações estão acima da Bíblia. Este post tem como objetivo fazer uma abordagem do ponto de vista bíblico da visão e revelação de Deus a Moisés, colocando a bíblia no centro e acima das revelações de nossos dias.

Uma visão pra lá de especial começa e acontece com aqueles que são especiais. Que estão em trabalho especial. E, em lugar especial. Moisés estava apascentando, pastoreando e cuidando das ovelhas de seu sogro, Jetro. A Bíblia se refere a dois tipos de ovelhas: 1 - As ovelhas que são mamíferas ruminantes bovídeas da subfamília Caprínaes, o que o texto acima se refere.

E, 2 – As ovelhas, seres humanos, do rebanho do Senhor Jesus Cristo como Ele diz em (João 10:14,27 e 21:17).

A palavra apascentar indica aquele que alimenta as ovelhas, oferecendo-as a melhor pastagem ou alimento. No caso das ovelhas, seres humanos do rebanho do Senhor Jesus, o alimento vem da Palavra de Javé e indica que o apascentar é atribuição do Senhor e que é Ele quem alimenta o seu rebanho, o que é bem ilustrado no (Salmo 23:1) que parafraseado este texto poderemos dizer assim: O Senhor é quem me alimenta e nada me faltará. Alimenta com a verdade como nos diz (Jer. 3:15 e João 8:32). Não encontrei ainda na Bíblia ninguém sendo chamado por Jeová para uma visão especial, para um trabalho especial, para uma missão especial, para uma obra especial na Seara de Javé, pessoas desocupadas, preguiçosas ou malandras. Todas as pessoas que o Senhor chamou estavam ocupadas fazendo alguma coisa, em alguma tarefa, em algum trabalho secular. Moisés apascentava o rebanho de Jetro. Gideão estava malhando o trigo do pai, (Jui. 6:11). O profeta Amós pastoreava em Tecoa, (Am. 1:1). Os discípulos de Jesus Cristo eram pescadores e alfandegários.

Uma visão pra lá de especial porque o Anjo do Senhor apareceu para Moisés, (V.2). Dizem os comentaristas que esse Anjo era o Próprio Deus, o Próprio Senhor Jesus. Uma visão pra lá de especial porque Moisés via uma árvore pegando fogo que não era consumida. Sarça é uma pequena árvore ramificada queimando, mas não era consumida. Algo no mínimo curioso para ele e que podemos chamar de sobrenatural. Uma visão magnifica que despertara a curiosidade, a atenção de Moisés para ir até o local em que a verdadeira revelação de Deus a Moisés não estava na sarça ardente, mas na Palavra que o Senhor Deus dirigiu a Moisés. Há várias manifestações de Deus Pai através do fogo. Em Sodoma e Gomorra (Gen. 19:24) para trazer o seu juízo sobre a depravação dos homens. Elias e os profetas de Baal que eram 450 e mais 400 de Asera (I Reis 18:19,24), para provar quem era o Deus verdadeiro. Em (Heb. 12:29) diz que Deus é fogo consumidor, que tem o simbolismo de santidade.

Uma visão pra lá de especial porque Deus chamou Moisés pelo nome, (V.14). Nenhum deus que Moisés havia conhecido, até então, o tinha chamado pelo nome, falada com ele e ele conhecia muitos deuses do Egito e de Midiã também.

Uma visão pra de especial porque Deus revela a sua santidade a Moisés, (V.5) e pede para não ir até onde estava acontecendo o fenômeno porque faltava-lhe as orientações quanto a sua reverência para com o Deus Universal, Grandioso e Poderoso.

Uma visão pra lá de especial porque Deus se revela o Deus vivo e Eterno. O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, (V.6). Entre a revelação de Deus a Abraão até a Moisés já se tinha passado pelo menos uns quinhentos anos. Mas o mesmo Deus que libertaria o povo da escravidão do Egito. Que conduziria o seu povo, dando posse da terra prometida e que continuaria com o seu povo.

Uma visão pra lá de especial porque Deus se revelou a Moisés como o Deus onisciente, Aquele que sabe e tem ciência de todas as coisas (V.7).

Uma visão pra lá de especial porque é o Deus que se compadece do sofrimento de seu povo (V.8).

Uma visão pra lá de especial porque é Deus quem se move a favor dos oprimidos (V.9).

Para concluir

Que o Senhor Deus esteja se revelando a nós de maneira pra lá de especial a cada dia através de Sua Palavra. Que essa visão pra lá de especial esteja nos movendo cada vez mais na direção do Senhor, Amém!

"Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor", (II Coríntios 12:1).

Bibliografia:

1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - COLE, R. Alan. Êxodo – Introdução e Comentário. Tradução de Carlos Oswaldo Pinto. Ed? Editoras Mundo Cristão e Vida Nova, São Paulo, 1972, 231 p.

3 - GUZIK, David. Comentário de Êxodo 3:1-9. E-Sword-the Sword of the LORD withan electronic edge, Tradução do Google Tradutor.

4 - HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p, p. 235.

5 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

6 - MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo no Livro de Gênesis. 4ª Edição. Rio de Janeiro. Editora JUERP, 1979, 308 P.

7 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.



julho 06, 2016

HOMEM DE DEUS SEM DEUS EM SUA FAMÍLIA

HOMEM DE DEUS SEM DEUS EM SUA FAMÍLIA

Pastor Flávio da Cunha Guimarães

Os pastores de um modo geral, Diáconos, Presbíteros, Evangelistas, líderes e mesmo os membros em geral querem ser homens e mulheres de Deus com Deus em suas famílias. Todavia, nem sempre é o que vemos. É nessa direção que queremos abordar o tema acima.

O texto que relata este episódio está em (I Sam. 2:12-17) que segue: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao SENHOR. Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua mão; E enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló. Também antes de queimarem a gordura vinha o moço do sacerdote, e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque não receberá de ti carne cozida, mas crua. E, dizendo-lhe o homem: Queime-se primeiro a gordura de hoje, e depois toma para ti quanto desejar a tua alma, então ele lhe dizia: Não, agora a hás de dar, e, se não, por força a tomarei. Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR”.

O MAU CARÁTER DOS FILHOS DO SACERDOTE ELI ERA A DEMONSTRAÇÃO QUE VIVIAM SEM DEUS.

Eram corruptos por não conhecerem a Deus. O escritor os chamou de filhos de Belial, que no hebraico literalmente é, (בְּלַ֨עַלׅ = BeLÎYA´AL, Harris, 2008, p. 183-185), segundo alguns a descreve como um deus pagão. A expressão belial indicava que eles eram homens sem valores, inúteis, sem leis, sem discernimento, ímpios, zombadores da justiça, principalmente a de Deus (Prov. 19:28), maus, vis e pessoas que incitavam a idolatria (Deut. 13:13), a insurreição (II Sam. 20:1), imorais sexualmente (Juiz. 19:22) e homens mentirosos (I Reis 21:10,13). A palavra tem a conotação de o princípio do mal, ou seja, ação satânica, (Harris, 2008, p.185), se referindo também ao príncipe da ilegalidade e das trevas. Não que o sacerdote Eli fosse um belial, mas nada fez para com relação ao comportamento dos filhos que eram beliais. O que infelizmente os sacerdotes, filhos do sumo sacerdote foram considerados tudo isso, com um agravante: “Não se importavam com o Senhor” (V.12), demonstrando que não conheciam o Senhor Deus de seu povo, formando assim um contraste entre os filhos de Eli e Samuel (I Sam. 3:7). Não conheciam porque desconsideravam a Deus e Jeová era sem importância para eles. A situação se agrava quando pensamos que os filhos do sacerdote Eli seriam os seus sucessores como sumo sacerdote e que já exerciam o sacerdócio no Tabernáculo do Senhor. Os pais deles conheciam o Senhor Deus, mas eles não, porque o conhecimento não era e não é só através do intelecto, nem é transmitido geneticamente de pais para os filhos. Eles tinham que conhecer o Senhor Jeová por si mesmos de maneira pessoal. Não é difícil para os filhos conhecerem a Javé quando os pais conhecem e tem um compromisso com Deus, instruem os filhos na fé, mesmo assim os filhos precisam querer ter esse próprio encontro pessoal, um compromisso com o Senhor Deus e se apaixonar por Ele. O conhecer no hebraico (יׇדַע = YÃDA֝, HARRIS, 2008, P. 597), fala de conhecer a Deus, saber sobre Deus é a mesma palavra usado para falar de um relacionamento íntimo, tão íntimo que fala do relacionamento do esposa com a esposa. Fala de comunhão pessoal, de intimidade com Deus Pai. Isso significa que os filhos do sacerdote Eli viviam dentro da casa de Deus sem Deus, e eram pagãos sem o conhecimento de Deus.

DENÚNCIAS DE QUE NÃO TINHAM DEUS EM SUAS VIDAS

Estamos diante de um texto que faz denúncias gravíssimas a liderança religiosa de Israel. A Primeira: O texto classifica os sacerdotes filhos do sacerdote Eli como filhos de Belial, como vimos acima, descreve uma pessoas comprometida com o Diabo e sem nenhum compromisso com Deus. Os filhos do sacerdote Eli, homem de Deus, mas sem Deus na família, eram descritos como filhos de Belial, se identificavam com Satanás e não com o Senhor Deus em suas atitudes, se tratando de pessoas inúteis a sociedade, a família e a Deus. Pessoas que não respeitavam as leis, principalmente as de Deus; que viviam sem discernimento de seus atos; que viviam provocando o mal a outras pessoas; que zombavam da justiça; que viviam na ilegalidade, o que o mundo está cheio desse tipo de pessoas. O que dissemos acima descreve muito bem aqueles menores que vivem na criminalidade porque estão amparados por leis que os protegem. Que agem como filhos de Belial. Todos aqueles que abusam sexualmente de crianças podem ser chamados também de filhos de Belial, pois cometem o crime de violência, o pecado de estupro, o mal as crianças e aos familiares. A solução para eles é cadeia neles. A Segunda Denúncia Grave: O mau caráter dos sacerdotes ofendia a Deus e as pessoas. Roubavam o que era para ser oferecido a Deus, (V.13-15). Eles contrariavam os preceitos que Jeová deixara para alimentar os sacerdotes, o que está em (Êx. 29:27-28; Lev. 7:28-36 e Deut. 18:3). A cobiça dos sacerdotes levaram os israelitas a desprezarem as ofertas ao Senhor, (V. 17). Os sacerdotes, filhos de Eli, não iam pessoalmente roubarem a carne. Eles enviavam os servos deles com um garfo de três pontas e tomavam a carne de dentro da panela, tacho, caldeirão ou marmita, pegava o que o garfo pudesse tirar. Faziam isso com todos os israelitas que iam sacrificar ao Senhor em Siló. Quem estava oferecendo o sacrifício, não concordava com tal atitude, pedia para esperarem e pegarem na hora certa o quanto desejasse, todavia, não obedeciam, diziam que levaria a força. Situação esta, que não era só do sacerdote Eli. Nos dias atuais esta situação tem se tornado muito mais comum do que gostaríamos que fosse. Pais fiéis ao Senhor com filhos infiéis, incrédulos, ímpios, extravagantes, indecentes, rebeldes sem causa, alguns até envolvidos com drogas e marginalidade porque não conhecem a Deus. Não conhecem a Deus porque os pais não ensinaram e não deram exemplo, ou porque não querem viver uma vida privada do mundanismo?

O PECADO ERA MUITO GRANDE DIANTE DO SENHOR DAQUELES QUE VIVIAM SEM DEUS:

Por que? Porque desprezavam a oferta ao Deus de Israel. Porque mudaram os costumes e os preceitos da Lei de Deus. Eles iam além ameaçando em tomar a força, intimidando os adoradores em praticar a violência para conseguirem o que queriam. Outro pecado: O holocausto era para tirar primeiro a parte mais importante para Deus, depois para os sacerdotes e por fim, a parte de quem ofertava para comerem na presença do Senhor; mas os filhos de Eli pegavam em primeiro lugar o que estava destinado ao Deus de Israel, por isso que estavam errados, antes a gordura tinha que ser queimada ao Senhor como cheiro suave a Javé. A parte com gordura que era a parte melhor deveria ser oferecida primeiro a Deus e era proibida ser comida pelos homens. Todavia, os sacerdotes em seu orgulho, gulodice, falta de temor a Deus, por não conhecerem ao Senhor e por serem ímpios, pegavam a parte que era para Deus para eles. Estavam se colocando acima de Deus. Assumindo as prerrogativas do Senhor. Lógico e evidente, que Deus não estava contente com os filhos do sacerdote. Eles desprezaram o culto ao Senhor e desestimulou o povo a não prestar a adoração a Jeová. Pecavam também machucando as pessoas que queriam adorar o Senhor verdadeiramente. Contribuíram também mediante a falta de piedade e de adoração verdadeira, agindo como se Deus não existisse, desprezando o serviço de Javé, tornando-se infiéis, o que motivou o povo a ser infiel também. David Guzik, Comentário de I Samuel 2:12-17, e-Sword, diz que: um pastor ou padre ímpio se torna a pior criatura na face da terra. Os demônios nada mais são do que anjos de luzes antes da queda. Jesus Cristo disse em (Mat. 18:6-7) que os nossos pecados são destrutivos para nós e é pior quando destruímos outras pessoas, pois sofreremos as consequências. Diz o comentário da (Bíblia de estudo de Genebra, 1999, p. 315) que: “Desde os tempos em que Abel ofereceu a gordura dos primogênitos do seu rebanho (Gen. 4:4), as partes gordurosas eram consideradas as melhores e, por isso mesmo, reservadas para o Senhor. Os sacerdotes tinham o dever de queimar a gordura no altar, como oferenda ao Senhor (Lev. 3:16; 7:31). Assim como o sangue, a gordura era rigorosamente proibida para o consumo humano, e quem a comesse seria expulso do meio do povo de Deus (Lev. 3:17; 7:23-25)”.

A EXIGÊNCIA DOS QUE VIVIAM SEM DEUS: QUERIAM A CARNE CRUA, (V.15)

Por que queriam a carne crua? Poderia ser que queriam prepara-la como eles quisessem. Poderia ser que a carne crua seria mais fácil de ser vendida e embolsar o dinheiro. Isso é atitude de mal servo do Senhor que se torna escravo de seu apetite, guloseima e paladar. Pessoas de dentes devoradores são o prenúncio de que são dominadas pela luxúria. A gula escraviza as pessoas e é pecado como diz o Apóstolo Paulo em (Gal. 5:21) “Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”. A ganância era tão grande que os filhos de Eli, o sacerdote, não hesitavam em usar a violência, a ameaça de violência para conseguirem o que queriam através da intimidação.

NOS DIAS ATUAIS TEMOS AINDA OS QUE VIVEM SEM DEUS:

Quantos ministros hoje corruptos e gananciosos que fazem com que pessoas odeiam a oferta ao Senhor? Odeiam os crentes e odeiam os pastores por causa deles? Mais uma coisa fica clara: Deus os julgará por um padrão de valores muito maior os pastores corruptos do que as ovelhas, veja o que nos dizem (Heb. 13:17 e Tiago 3:1). A nossa oração deve ser que sejamos homens e mulheres de Deus verdadeiramente. Com uma experiência pessoal e marcante com o Senhor Jeová. Que tenhamos um íntimo relacionamento com o Senhor. Que os nossos filhos vendo em nós, pais, o exemplo de fé e vida com Deus possam ser crentes salvos verdadeiramente. Que o paganismo jamais adentre em nossas igrejas, lares e em nossas vidas, amém!

BIBLIOGRAFIA

1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - GUZIK, David. Comentário de I Samuel 2:12-17. e-Sword-the Sword of the LORD withan electronic edge.

3 - HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p.

4 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

5 - OLIVEIRA, Marcelo Ribeiro de. Bíblia Sagrada Versão Digital 6.7 Freewere. 2014. Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/a-biblia-sagrada-versao-digital.htm>. Acesso em: 15 dez. 2014.

6 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.



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